A entrada de carne suína brasileira na China está suspensa desde o início de junho. Com isso, as vendas para Hong Kong, que recebe a maior parte do produto com destino para a China, estão praticamente paralisadas.
As vendas para a China caracterizavam Hong Kong como o segundo maior importador do produto brasileiro – era o primeiro até a metade do ano passado, quando a Rússia tomou a dianteira. Com a decisão do governo chinês, o Porto de Hong Kong está com capacidade de armazenamento esgotada.
O diretor de exportações da Chapecó Companhia Industrial de Alimentos, Carlos Santana, afirma que as vendas para a China ocorrem há anos, apesar do país nunca ter firmado um acordo de compra com o Brasil. As restrições aumentaram em outubro de 1999, quando o Rio de Janeiro registrou foco da doença de newcastlle. Conforme informa Santana, o problema ressurgiu há dois meses, quando as vendas para aquele país começaram a cair até paralisarem há mais de duas semanas. A suspensão chinesa vale para carne de suínos, de aves e bovina.
A medida suspendeu negócios de quatro mil toneladas por mês. Entre janeiro e maio, Hong Kong comprou 20,1 mil toneladas de carne suína do Brasil. Santana calcula prejuízo de US$ 130 milhões por ano caso não haja acordo para o retorno das vendas de suínos.
fonte: Gazeta Mercantil (por Gladinston Silvestrini e Luciana Moglia), adaptado por Equipe BeefPoint