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Jóia pressiona por indenizações

Os produtores de gado da região de Jóia (RS) esperarão até amanhã por uma confirmação do Ministério da Agricultura de que receberão nos próximos dias indenizações atrasadas referentes ao sacrifício de animais com febre aftosa. Caso contrário, ameaçam impedir a abertura da agência do Banco do Brasil na cidade vizinha de Augusto Pestana na segunda-feira. É o que informa reportagem de Sérgio Bueno, publicada hoje no Valor Online.

Ontem e terça-feira, os produtores bloquearam o acesso à agência do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) em Jóia, em razão do atraso nos repasses prometidos pela Secretaria da Agricultura do Estado.

No total, 564 produtores tiveram 11.087 animais sacrificados até o início de outubro em Jóia, Eugênio de Castro, São Miguel das Missões e Augusto Pestana. Outros 131 ficaram impedidos de vender leite na área de vigilância sanitária. Juntos, os municípios teriam direito a R$ 6 milhões em indenizações. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Jóia, Pedro Olinto, ainda falta a liberação de R$ 2,5 milhões.

Do total em atraso, R$ 2 milhões são de responsabilidade do Ministério da Agricultura. Segundo o delegado do ministério no Rio Grande do Sul, Odalniro Paz Dutra, o dinheiro deveria ter sido repassado até dezembro, mas a tramitação dos processos demorou mais que o previsto. Ele calcula que até o dia 15 os produtores receberão os recursos.

Com o bloqueio do Banrisul os produtores obtiveram o compromisso do secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, de que os R$ 215 mil que faltavam das indenizações pelos sacrifícios serão depositados até amanhã, no máximo. O valor corresponde a 4% dos ressarcimentos que ficaram a cargo do Estado.

Por Sérgio Bueno, para Valor Online, 04/01/01

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