O Ministério da Agricultura deve amenizar o embargo à entrada de produtos de origem vegetal “in natura” argentinos. Para isso, a Secretaria de Defesa Agropecuária estuda a criação de três níveis de restrição nas zonas de emergência atingidas pelos focos.
Até um raio de três quilômetros de cada foco, nenhum produto poderia sair da zona-limite. Entre três e dez km, seriam criados critérios para a circulação de alguns produtos. Num raio de dez a 25 km dos focos, haveria outro nível com restrições distintas.
O embargo atingiu importantes produtos da pauta de exportação argentina, como milho, arroz, trigo, cebola e alho, que estão há duas semanas proibidos de entrar no Brasil por causa do descontrole dos focos de aftosa. Em visita ao país, técnicos argentinos explicaram, ontem, os planos de combate à aftosa em seu território e prestaram as informações exigidas pelo governo brasileiro para amenizar e, no curto prazo, rever o embargo.
O secretário de Defesa Agropecuária, Luiz Carlos Oliveira, informou ontem que técnicos de ambos os países devem concluir um acordo até o final desta semana. “Até lá, porém, a medida está mantida”, afirmou o ministro Pratini de Moraes.
(Por Mauro Zanatta, com colaboração de André Lacerda, para Valor Online, 10/04/01)