Carlos Sperotto, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), afirmou ontem que não está descartado um retorno à vacinação contra a aftosa do rebanho gaúcho. A decisão foi tomada depois que o governo definiu restringir o trânsito de gado argentino para o Brasil devido aos novos surtos da doença no país vizinho. “Há a necessidade de discutirmos posições que tragam segurança ao rebanho gaúcho”, disse. Ele confirmou que pretende discutir esta questão em uma audiência, sem data confirmada, com o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes. “O trânsito de gado pelo rio Uruguai também deve ser fiscalizado”, complementa.
O presidente da Associação Brasileira de Angus, José Weber, disse que é favorável à vacinação e salientou que, com o retorno à vacinação, irão surgir prejuízos, “mas é preferível darmos um passo atrás do que colocar em risco o rebanho”.
José Hermeto Hoffmann, secretário da Agricultura do RS, é contra a revacinação, pois acredita que essa atitude neste momento traria grandes prejuízos para o setor de suínos e nas vendas de reprodutores para o Centro-Oeste. Hoffmann ressaltou que, se necessário, o Estado irá solicitar ao governo federal a presença das Forças Armadas e da Marinha, a exemplo do que foi feito em agosto no MS.
fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint