O governo federal está investigando a denúncia feita por um produtor da Arábia Saudita à imprensa daquele País de que o Brasil (assim como a França) estaria praticando dumping nas exportações de frango. Ele também acusa o produto de ter conteúdo de água acima do estabelecido internacionalmente.
No processo de adesão da Arábia Saudita à Organização Mundial do Comércio (OMC), o governo saudita deixou claro para as autoridades brasileiras de que o país manteria tarifas altas para proteger sua incipiente produção de frangos – o país produz cerca de 600 mil toneladas de carne de frango por ano. O frango brasileiro representa 75% das importações sauditas do produto. Segundo dados da Abef, de janeiro a maio deste ano, o Brasil vendeu para a Arábia Saudita 99,9 mil toneladas de carne de frango, sendo 97 mil toneladas de frangos inteiros.
A acusação de dumping contra o frango francês não surpreende porque a França subsidia as exportações. Incluir o Brasil na queixa junto com a França foi considerado um absurdo. “Os preços do frango brasileiro sempre foram superiores aos praticados no mercado internacional”, afirma o diretor-executivo da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), Claudio Martins. O dirigente rejeitou também a acusação de que o frango brasileiro teria 13% de água, segundo a acusação do produtor saudita, quando o nível aceito internacionalmente é de 6%. “O nível de hidratação do frango brasileiro não atinge 5%.”
fonte: Gazeta Mercantil (por Aldo Renato Soares), adaptado por Equipe BeefPoint