Dentro de 15 dias serão feitos os primeiros abates do projeto Red Connection, um dos mais inovadores programas de genética pecuária do Brasil. Os animais são resultado do cruzamento de raças que têm como principal característica a qualidade da carne – “macia, suculenta e com gordura entremeada, igual ao padrão procurado pelos mais exigentes importadores mundiais”, segundo o idealizador do projeto e dono da Chalet Agropecuária, Luiz Eduardo Batalha.
O produto final, que será chamado de “Red Beef Connection”, receberá um “prêmio” por seu diferencial – que se aproxima do recebido pela carne exportada dentro da Cota Hilton. A cota é cedida anualmente pela Europa a alguns países exportadores, inclusive ao Brasil, para a venda de cortes especiais de carnes, de primeira qualidade, que valem mais de US$ 6 mil a tonelada. Segundo Batalha, já há propostas de importadores dispostos a pagar cerca de US$ 4,5 mil a tonelada, quase o dobro do valor obtido com o produto tradicional.
Os 80 mil bovinos do Red Connection programados para serem abatidos a partir da segunda quinzena deste mês são animais 1/2 sangue – europeu/zebuíno. Segundo Batalha, o projeto chegará ao seu ponto ideal dentro de dois anos, com a produção do animal com 5/8 de sangue red angus e 3/8 de zebu. “Quanto mais sangue angus o animal tiver, melhor será a qualidade da carne. Um angus puro, entretanto, não sobreviveria sob o clima quente do Brasil Central”, afirma.
O projeto também pretende atingir o mercado interno, com a venda do produto para restaurantes, hotéis e supermercados. O Pão de Açúcar, segundo sua assessoria de imprensa, estuda uma possível compra da “Red Beef Connection”.
fonte: Gazeta Mercantil (por Denis Cardoso), adaptado por Equipe BeefPoint