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Roberto Barcellos: terminação em confinamento é fundamental para atingir características desejadas pelo consumidor

Prêmio BeefPoint – Edição Confinamento vai homenagear quem faz a diferença nos confinamentos do Brasil. Essa é uma iniciativa do BeefPoint, e tem a Assocon como parceira. A premiação será feita durante o Interconf 2013, evento da Assocon que acontecerá nos dias 9 a 12 de setembro de 2013, em Goiânia/GO e que o BeefPoint está fazendo a curadoria de conteúdo.

Para conhecer melhor os finalistas, o BeefPoint preparou uma série de entrevistas que mostram o que eles têm feito para se destacar na pecuária de corte.

Confira abaixo a entrevista com Roberto Barcellos, um dos finalistas na categoria Carne de Qualidade em Confinamento.

Roberto Barcellos

Roberto Barcellos é agrônomo, garimpeiro de carne de qualidade no universo do commodity e atua nos diversos segmentos da cadeia produtiva (produção animal, indústria frigorífica e varejo). Atualmente, é responsável por 10 marcas de carne.

Nesse momento, Roberto está participando da Viagem Técnica do BeefPoint ao Uruguai, como guia técnico ao lado de Miguel Cavalcanti, do BeefPoint.

BeefPoint: O que você considera mais importante em um confinamento de gado de corte?

Roberto Barcellos: Bom dimensionamento, boa gestão e eficiência na compra e seleção de animais e insumos.

Os projetos de maior sucesso que conheço são projetos muito bem dimensionados (sem ostentação), desde a fabrica de ração, equipamentos e instalações. Sou da política do prático, barato e funcional. Projetos que possuem uma boa coleta de informações (técnicas e econômicas), que consigam interpretar e gerenciar estes números e também a eficiência na compra de animais e insumos são as chaves do sucesso.

BeefPoint: Qual o maior desafio dos confinamentos no Brasil hoje?

Roberto Barcellos: São muitos desafios, mas cada confinamento tem dificuldades maiores ou menores dependendo de sua região ou da aptidão logística. Esta dificuldade pode ser: compra de boi magro, compra de insumos, falta de volumoso, problemas com água, dificuldade de mão de obra, problemas ambientais, dificuldades na escala de abate dos animais, etc.

Teoricamente, antes da tomada de decisão para a construção de um confinamento em determinado local, todos estes fatores deveriam ser estudados detalhadamente e fazerem parte do projeto de viabilidade, mas na prática, muitos destes problemas surgem com o projeto em andamento.

Não consigo definir como um único, o maior desafio. São vários e distintos.

BeefPoint: Qual projeto de confinamento você teve contato ou implementou nestes últimos anos, que considera um case de sucesso? Por quê?

Roberto Barcellos: Tive o prazer de participar de grande projetos, mas os projetos dos quais fui responsável e que tenho um carinho especial, pois seguem a mesma filosofia até hoje, que é produzir carne de alta qualidade, são os confinamentos da Terralagro (antiga Fischer Agropecuária) em Colombia – SP e o confinamento do Marfrig em Porto Feliz – SP. São “filhos” criados, desmamados e que seguem os objetivos propostos desde o primeiro dia. Um orgulho.

BeefPoint: O que você fez em 2012 que te trouxe mais resultados?

Roberto Barcellos: Depois de muitos erros e acertos, consegui uma interessante padronização e qualidade de carne através da interação genética x nutrição nos confinamentos Beef&Veal que produzem carne para as lojas parceiras no interior de São Paulo e capital.

A terminação em confinamento é fundamental para atingir características desejadas pelo consumidor.

BeefPoint: O que você pretende fazer de diferente em 2013? E por quê?

Roberto Barcellos: 2013 é o ano de consolidar o modelo e expandir, mas sempre com o foco artesanal. A demanda por carne de qualidade é crescente e gostaria de contribuir com a diminuição da dependência que o Brasil tem por carne de qualidade importada da Argentina e Uruguai.

BeefPoint: Qual mensagem gostaria de deixar para os confinadores no Brasil?

Roberto Barcellos: Temos 2 caminhos a escolher:

1) Produzir commodity com eficiência através do uso de tecnologia e ferramentas de aumento de produtividade

2) Produzir alta qualidade para nichos de mercado

Os 2 caminhos são viáveis e altamente rentáveis, mas totalmente distintos.

Antes de tomarmos a decisão do que produzir devemos saber das aptidões da propriedade e os potenciais parceiros dentro da cadeia produtiva.

Quem merece ganhar o Prêmio BeefPoint Confinamento? Clique Aqui e Vote!

Confira a Programação do Interconf 2013

Lembramos que todos os finalistas do prêmio são convidados vip cortesia do Interconf 2013.

3 Comments

  1. José Francisco Rosa Guedes disse:

    Roberto é um guerreiro incansável, está há 2 décadas tentando “catequizar” o mercado do boi sobre o assunto qualidade de carne, sempre buscando maneiras de alcançar rentabilidade aos seus projetos… Foi muitas vezes mal interpretado, mas com muita humildade vem provando que seus conceitos são verdadeiros!!

    Grande abraço aos amigos da carne…

    Zé Guedes

  2. Mauricio Fernando de Oliveira Cunha disse:

    Conheço Roberto e realmente ele é um guerreiro na sua área de atuação.
    O produtor de carne deve ter pessoas capacitadas para as assessorias em abates (confiáveis e conhecedor da área), E que trabalhem de forma correta e ajudem o produtor nas suas decisões, ser uma ferramenta de trabalho na fazenda.
    O gargalo do boi gordo se chama abate, se ele for bem direcionado vai dar resultado.
    É no abate onde conseguimos observar onde erramos e acertamos.Não apenas fazer comparativos dividindo peso de abate com peso de saída, temos que colocar isso em pratica e saber o que esta falando.Relatar em gráficos de forma profissional e corrigir as falhas melhorando o índice de produção.Não trabalhar com meras suposições.

    Obrigado.

  3. Darci Antonio de Oliveira disse:

    Darci Antonio de Oliveira
    Conheço Roberto e tive o privilégio de trabalhar junto com ele e um grande companheiro tudo que sei sobre carcaça e carne de qualidade aprendi com ele foi meu professor agradeço muito.

    Obrigado

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