O governo do Rio Grande do Sul se manifestou contrário ao abate em frigorífico, com aproveitamento comercial da carne, do rebanho que teve contato com os animais sacrificados devido à febre aftosa. O anúncio foi feito ontem pelo secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, e desautoriza acordo negociado na sexta entre técnicos da secretaria e do ministério e o grupo de veterinários europeus que, na semana passada, inspecionou o combate à doença no Estado.
Hoffmann disse que “se dependesse do Estado (o número de animais abatidos) seria zero”. A declaração complica o processo de abertura do corredor sanitário através de Santa Catarina para a saída de bovinos e carne com osso do Rio Grande do Sul para outras regiões do país.
O chefe do serviço de Sanidade Animal da Delegacia do Ministério da Agricultura no Estado, Hélio Pinto, disse que a secretaria é quem deve providenciar e acompanhar os abates sanitários. “Quando entra a questão política, o trabalho técnico fica prejudicado”, comentou.
fonte: Valor Online (por Sérgio Bueno), adaptado por Equipe BeefPoint