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Sustentabilidade é prioridade para exportação de carne, afirma Imac

O tema da sustentabilidade na pecuária é uma prioridade para exportação, de acordo com o Imac (Instituto Mato-grossense da Carne). Uma das preocupações é integrar o pequeno produtor, segundo o diretor técnico e operacional da instituição, Bruno Andrade, que esteve nesta segunda-feira (29), no Papo das 7, da TV Centro América.

Em última viagem que esteve na China, o diretor disse que viu no país que há um extremo interesse por sustentabilidade. Mato Grosso, que já considera as exigências socioambientais para produção, deve estar mais atento a esses requisitos que possam vir dos chineses, explicou Bruno.

“O nosso objetivo nessa viagem foi apresentar o Passaporte Verde: que é o nosso programa de rastreabilidade e monitoramento socioambiental. A China vem mudando drasticamente com o tema sustentabilidade, então, a gente está se preparando para o futuro para as exigências que possam vir do mercado chines”, destacou.

No estado, Bruno diz que hoje cerca de 85% dos abates são verificados requisitos socioambientais. O desafio, segundo ele, é trazer os pequenos produtores, já que as grandes empresas conseguem se adaptar rapidamente. “Os pequenos produtores a gente tem que criar condições para ele se integrar”, diz.

Qualidade da carne

Mato Grosso tem atualmente um rebanho de gado de 32 milhões. Segundo Bruno, a carne que a gente comeu hoje começou a ser produzida há 36 meses e com critérios de qualidade. “São várias etapas que a gente tem para se ter um produtor de qualidade e nobre nas gôndolas do supermercado”, afirma.

“Nossos produtos são reconhecidos por mais de 70 países como sanitariamente seguro. É um produto muito mais palatável do que 30 a 40 anos atrás. Testes sensoriais mostram que nosso produto melhorou nas últimas décadas e o mercado exportador”, detalha o diretor.

Atualmente, o Brasil é o maior exportador do mundo. Mato Grosso figura como segundo estado maior exportador do país. “O maior reconhecimento que a gente tem sobre a carne bovina é o aumento das exportações”.

Apesar de ter um grande volume de exportação, a quantidade exportada chega a ser cerca de 25% do produzido. E a carne nobre e de mais qualidade não é exportada e são destinadas para o mercado local.

“A carne de maior valor agregado fica aqui no Brasil. Não compensa exportar esse produto porque não se paga o valor esperado. O que a gente exporta é comodity”, diz.

“Se tem a impressão que o produto exportado tem a melhor qualidade porque ele tem uma padronização maior. O produto de maior qualidade é consumido aqui no Brasil. Em Cuiabá, por exemplo, nós temos os produtos de extrema qualidade servido nos restaurantes e açougues”, completa.

Fonte: Primeira Página.

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