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Tecnologia eletrônica poderá rastrear futuras doenças em animais no Canadá

Um simples brinco eletrônico poderá economizar meses de intenso trabalho dos oficiais federais canadenses na procura por bovinos relacionados a um único caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) que foi registrado no país.

“Esta é a única forma que se pode, com uma eficiência razoável, capturar estes passos na cadeia de comercialização”, disse a veterinária sênior da Agência Canadense de Inspeção de Alimentos, em Ottawa, Maria Koller-Jones.

Um projeto piloto em Manitoba está tentando incluir todos os bovinos em uma base de dados principal como uma forma rápida de identificação e controle de doenças animais. Quando os animais são movimentados de uma fazenda para outra, seus brincos eletrônicos poderão ser rastreados e comparados com a base de dados.

Todo o gado canadense agora precisa ter um marcador com código de barras que identifica seu rebanho de origem. Porém, é difícil de se ler estes marcadores rapidamente, disse Koller-Jones, que compara este sistema com o sistema de identificação de alimentos nos supermercados.

“A tecnologia de código de barras dá um grande trabalho para se ler nos vários pontos em que o animal passa em sua vida através da cadeia de comercialização. A nova tecnologia, ao invés de ter código de barras, tem um chip eletrônico que possibilitará a leitura rapidamente. Os animais poderão apenas passar através de passagens com sensores eletrônicos que já será possível ler seus brincos”.

A indústria pecuária do Canadá está em estado de choque desde o surgimento de um caso positivo de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) no país no final de maio. A descoberta levou ao fechamento de muitas portas à carne bovina e aos bovinos do país.

Enquanto os inspetores federais gastaram meses e centenas de horas procurando os rebanhos relacionados com a vaca infectada, o novo sistema evitaria isso, disse ela.

“Se houver transações eletrônicas registradas, isso será virtualmente instantâneo. Entrando um brinco a base de dados, em segundos ou minutos, imprimiria todas as vezes que este brinco entrou no sistema”.

Vários marcadores eletrônicos estão sendo estudados, mas ainda deverá levar alguns anos antes de a nova tecnologia estar sendo aplicada no Canadá, disse a representante da Agência Canadense de Identificação de Gados, Heather Rabin. Ela concordou que o atual sistema com código de barras está longe de ser perfeito.

“Quando você está fazendo um carregamento de massa de bovinos em leilões não é possível ler os marcadores porque você tem que literalmente pegar a cabeça de cada animal, limpar o identificador e ler com o scanner”.

O maior obstáculo para a nova tecnologia é o custo, disse Rabin. Atualmente, os marcadores custam cerca de Cdn$ 1 (US$ 0,71). Os novos brincos custarão cerca de Cdn$ 6 ou Cdn$ 7 (US$ 4,31 ou US$ 5,03).

“Nós teremos que esperar alguns anos para o preço baixar ou ir ao governo ou outro local pedir algum dinheiro para ajudar a nos subsidiar. Claro que não esperamos que algo assim aconteça muito rápido. A situação da EEB nos colocou diante de abates e as coisas estão tendo que se apressar um pouco”, disse Rabin.

Fonte: Canadaeast.com (por Bill Graveland), adaptado por Equipe BeefPoint

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