A Secretaria de Agricultura de São Paulo vai implementar um programa de testes, por amostragem, para diagnóstico da doença da vaca louca – a encefalopatia espongiforme bovina – no Estado a partir de 28 de fevereiro, segundo reportagem de Alda do Amaral Rocha, publicada hoje no Valor Online.
A medida faz parte do programa de qualidade da carne anunciado pelo governo em junho de 2000, que prevê a criação de um selo de origem para o produto.
Sempre reafirmando que o Brasil não tem vaca louca, o coordenador de Defesa Agropecuária do Estado, Júlio Pompei, disse que a decisão de implementar os testes já estava nos planos do governo há cerca de um ano, muito antes da crise com o Canadá.
Ele informou que serão coletadas até 5 mil amostras – de um rebanho de 13 milhões de cabeças – do cérebro de animais para testes no período de um ano a partir do próximo dia 28. As amostras serão coletadas por veterinários credenciados pelo Ministério da Agricultura ou Secretaria da Agricultura nos 95 frigoríficos com inspeção federal e estadual existentes em São Paulo. Pompei explicou que as amostras serão coletadas aleatoriamente de animais abatidos nos frigoríficos. A carcaça do animal não será liberada até o resultado do teste.
Segundo o coordenador da Defesa, os testes poderão ser feitos no laboratório do Ministério em Santa Maria (RS) e no Instituto Biológico em São Paulo.
O programa de qualidade funcionaria como um passaporte para a carne paulista. “Os exportadores terão a certificação da carne, com informações sobre a origem e condições de sanidade do animal”, disse Pompei.
Por Alda do Amaral Rocha, para Valor Online, 07/02/01