O Ministério da Agricultura e do Abastecimento recebeu ontem a autorização da presidência da República para fazer a doação de vacinas contra a febre aftosa para todos os pequenos agricultores do Rio Grande do Sul, cadastrados no Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).
Cerca de 8 a 10 milhões de doses devem ser enviadas ao Estado para a primeira e a segunda vacinação. O ministério também alocou R$ 5 milhões de recursos para apoiar eventuais indenizações de pecuaristas que venham a sacrificar animais infectados com a doença. De acordo com o ministro Marcus Vinicius Pratini de Moraes, a medida deverá contribuir para proteger os rebanhos gaúchos de corte e o leiteiro contra a aftosa. As indenizações devem ser pagas pelo Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fesa), que, se necessário, poderá utilizar a verba de R$ 5 milhões.
O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério, Rui Vargas, esclareceu que todas as ações referentes à erradicação dos focos de aftosa no Rio Grande do Sul devem ser executadas pela Secretaria Estadual de Agricultura. Vargas informou ainda que a União Européia (UE) cancelou as importações de carne in natura do Rio Grande do Sul. A certificação para o Estado voltar a vender o produto àquele mercado deve acontecer 30 dias após o término da primeira vacinação. Além da UE, o Chile também suspendeu a compra de carne in natura do RS. Os dois mercados absorvem 80% das exportações gaúchas de carne bovina, que chegaram a US$ 100 milhões em 2000.
fonte: Ministério da Agricultura, adaptado por Equipe BeefPoint