Até o momento, o MAPA já encaminhou laudos de inspeção das instalações de 15 estabelecimentos. As vistorias foram realizadas em plantas de oitos estados diferentes, entre eles Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso - impedidos de exportar carnes para o país desde junho.
Os dez maiores frigoríficos brasileiros são responsáveis pelo abate de 31% do gado do país. Em Estados como Mato Grosso, apenas três lideram o mercado. Especialistas dizem que esta situação não representa concentração no setor, por outro lado, os pecuaristas discordam.
Nos próximos dez anos, o rebanho bovino de Mato Grosso deve crescer 18%, passando dos atuais 28,72 milhões de cabeças para 33,9 milhões de cabeças. No mesmo período, o abate de animais aumentará 95% (de 4,1 milhões para 8 milhões de cabeças).
O serviço sanitário animal do Paraguai está trabalhando para comprovar que não existem outros casos da doença no país e conseguir retomar as exportações de carne.
Com a perda desses mercados e com os envios de carne aos mercados menos exigentes, o país poderia gerar entre US$ 150 e US$ 180 milhões em exportações de carne em 2012, apenas 15% do que poderia ser gerado em uma situação normal e com os mais de 44 mercados ativos.
De um lado, houve uma ação rápida do Paraguai, como deve ser nessas situações. De outro, a ação de combate tem de ser conjunta entre os países porque "o vírus da aftosa não tem passaporte e desconhece fronteiras".
O comércio de compra e venda de bovinos existe, e o que se quer, além de regularizar a situação, é permitir que os pecuaristas localizados nesta faixa de fronteira seca entre Mato Grosso e Bolívia, possam comprar animais tidos como de "qualidade" e a preços que chegam a ser até 30% abaixo do que pagariam em transações dentro do Estado.
A suspensão das vendas externas acontece por causa do fechamento do frigorífico que o JBS mantinha em Maringá, única planta exportadora no estado. O declínio da atividade, no entanto, é atribuído à falta de investimento no rebanho de 9,4 milhões de cabeças.
Após forte valorização do dólar frente ao Real iniciada no início de setembro, nos últimos sete dias houve desvalorização, permanecendo em R$1,81. O indicador do boi gordo no mesmo período se valorizou 0,76%, sendo cotado em R$98,49 nesta quarta-feira.