24 de janeiro de 2008

O boi, o brinco e a União Européia

Nas últimas semanas, a expectativa tem sido grande em relação ao futuro das exportações de carne bovina para União Européia (UE). O principal mercado importador do Brasil corre o risco de não ter mais carne brasileira, por motivos muito mais brasileiros que europeus. A situação atual é difícil de se entender: o Brasil tem dificuldade de se organizar para fornecer para o mercado que é teoricamente seu melhor mercado. Nesse mesmo momento, não se recebe notícias de que a Argentina ou Uruguai têm problemas para continuar o fornecimento de carne para UE. Se nossos vizinhos não estão tendo grandes problemas (como os nossos), de quem é a culpa dos problemas no Brasil?
3 de janeiro de 2008

Carne sobe, melhorando margem bruta do frigorífico

Desde o Natal, o preço da carne bovina no atacado se recuperou, garantindo um aumento de quase 4% no equivalente físico. No mesmo período, o indicador Esalq/BM&F subiu apenas 0,35%. Com isso a diferença (spread) entre o indicador e equivalente físico caiu R$ 2,30/@, cotado a R$ 5,11/@, abaixo da média do ano. Quanto menor essa diferença, maior a margem bruta do frigorífico. O bezerro se mantém praticamente estável, valendo R$ 485,00/cabeça no MS, assim como a relação de troca, em 1:2,44.
3 de dezembro de 2007

Produção de carne e preço do boi gordo no Brasil

Desde o final de outubro, a arroba não pára de subir em todo o Brasil, sendo cotada em 28/11 a R$ 77,60/@, em São Paulo (indicador Esalq/BM&F). A oferta de gado gordo se reduziu muito e o mercado interno mostrou sua força. Nas últimas semanas, em muitos momentos, o alto preço do boi gordo era acompanhado pelo alto preço da carne no atacado e no varejo, mais do que compensando a alta do boi. A diferença entre o preço do boi gordo e da carne no atacado, que é um bom indicativo da margem bruta do frigorífico, mostrava que a relação estava positiva para a indústria, em especial ao operar no mercado interno.
25 de outubro de 2007

Procurando entender as perspectivas da pecuária de corte brasileira

A principal mudança que a pecuária passou nos últimos anos foi o aumento da produção e aumento das exportações. O número de animais abatidos cresceu 52% de 2002 para 2006, com o abate de vacas crescendo 136% e o de bois 24%. A produção cresceu devido a adoção de novas técnicas, como confinamento, integração lavoura-pecuária e otimização da produção a pasto: melhor manejo, nutrição, sanidade e genética. A maior demanda por carne bovina e a ampliação do setor frigorífico requer mais gado gordo, que fortalece a demanda pelo produto do pecuarista e firma o preço do boi.
28 de setembro de 2007

O impacto da bioenergia na produção pecuária: Brasil e EUA

A produção mundial de bioenergia tem gerado preocupações junto a indústria de alimentos e sociedade em geral, frente ao possível aumento de custos de produção e preços dos alimentos ao consumidor final. O aumento dos preços do milho no mundo vai impactar positivamente a pecuária de corte brasileira, que dentre todas as possíveis fornecedoras de proteína animal, é a menos dependente do milho. O mesmo não podemos dizer para a produção de suínos e aves no Brasil e no exterior e a produção de gado de corte em outros países. Essa mudança nos preços agrícolas mundiais e o aumento da demanda mundial por proteína animal são grandes oportunidades para o Brasil aumentar ainda mais sua presença e sucesso no mercado internacional de carne bovina.
27 de agosto de 2007

Uma iniciativa de promoção da carne bovina brasileira

O Brasil vem ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional de carne bovina. Por outro lado, a carne bovina brasileira recebe cada vez mais ataques dentro e fora do país, seja de grupos ligados a produção pecuária em outros países ou grupos anti-produção ou anti-consumo de carne bovina. Nesse cenário, a carne bovina precisa muito de um trabalho de promoção de seus produtos e muitos indivíduos e empresas têm interesse em ajudar, podendo fazê-lo de diversas formas, o BeefPoint e SIC - Serviço de Informação da Carne criaram uma campanha diferente de divulgação da carne bovina. Cada integrante da campanha se torna um divulgador de informações verdadeiras e embasadas cientificamente sobre carne bovina. Acreditamos também que essa iniciativa pode ser um excelente primeiro passo para a criação de um programa nacional de marketing da carne bovina, que em outros países têm trazido mais lucro para todos os elos da cadeia produtiva.
23 de julho de 2007

Ingleses barram gene zebu – o que o Brasil vai fazer?

A entidade que representa os interesses da cadeia da carne no Reino Unido, Eblex, incluiu um novo quesito em seu programa de qualidade, a ausência de gene zebuíno nas carnes que tenham o selo de seu programa de qualidade assegurada (Quality Standard Mark). O objetivo da Eblex é aumentar a competitividade da cadeia da carne inglesa e promover seus produtos. Acredito que esse fato deva ser encarado como um alerta para o Brasil. A concorrência vai acontecer cada vez mais na esfera da qualidade e não apenas do preço, em especial nos mercados mais desenvolvidos e de mais renda, onde a Europa é um excelente exemplo. O que é mais necessário no momento é um trabalho mais integrado de cadeia produtiva e estímulos mais claros e objetivos para que o pecuarista invista desde a cria, e não apenas na fase final de engorda, em moldar seu sistema de produção para a qualidade.
19 de julho de 2007

Mercado segue valorizado, BM&F indica alta nas próximas semanas

O mercado do boi teve nova semana de valorização, com o indicador Esalq/BM&F se valorizando 1%, cotado a R$ 61,47/@ à vista. O bezerro se valorizou menos (0,3%), cotado a R$ 434,06/cabeça (indicador MS), elevando a relação de troca para 1:2,34. O mercado segue comentando o alto preço da reposição, mas a relação de troca indica um cenário em 2007 similar a 2006 para o invernista. Há um ano a relação de troca era de 1:2,32. Para as próximas semanas espera-se preços superiores aos atuais, com a BM&F indicando valores a vista de R$ 61,80/@ e R$ 62,69/@ para o final de julho e agosto, respectivamente. Os preços para setembro, outubro e novembro são superiores, como pode ser observado no gráfico abaixo. Vale lembrar que o volume de negócios de boi a termo vem crescendo muito, o que deve alongar as escalas dos frigoríficos a partir de setembro, aumentando a possibilidade de reduções de preço, como ocorreu em 2006, a partir da segunda quinzena de outubro.
5 de julho de 2007

Boi gordo segue em alta, relação de troca mais alta que em 2006

O mercado do boi gordo continua em alta, com o indicador Esalq/BM&F cotado em R$ 60,77/@ a vista. O preço do bezerro também subiu, cotado em R$ 431,41/cabeça. A relação de troca continua se recuperando, com a alta mais forte do boi gordo nos últimos 30 dias. Hoje a relação de troca é de 1:2,32, há um ano era de 1:2,21. Esse é um forte indicativo de que o preço da reposição não subiu tanto quanto se comenta. Em relação ao boi gordo, o bezerro está mais barato que no início de julho/2006.
28 de junho de 2007

Mercado firme: boi gordo sobe e BM&F indica melhores preços futuros

O mercado do boi teve nova semana de forte alta. O indicador Esalq/BM&F subiu 3,37%, cotado em R$59,51/@ à vista. O dólar subiu 1,57% essa semana, cotado em R$ 1,949. Com isso a arroba em dólares subiu menos que em reais (+1,77%). O bezerro também se valorizou, mas bem abaixo do boi gordo. A relação de troca, depois de ter alcançado mínimas de 1:2,16 esse ano (mesmo mínimo de 2006), está se recuperando, valendo hoje 1:2,29.
21 de junho de 2007

Boi ultrapassa os US$ 30,00 com tendência de alta

O mercado do boi gordo teve nova semana de altas, no mercado físico e no mercado futuro. O indicador Esalq/BM&F se valorizou 1,18% na semana, cotado em R$ 57,57/@ à vista. O dólar caiu novamente, cotado a R$ 1,919. A arroba em dólares está valendo mais de US$ 30,00. Em dólares, a arroba acumula alta de 38% nos últimos doze meses. O indicador de preços do bezerro (Esalq/BM&F, MS) subiu menos que o boi gordo essa semana, com a relação de troca subindo para 1:2,22, mesmo valor de 2006 em junho.
14 de junho de 2007

Mercado firme: indicador e futuros têm altas fortes

O mercado do boi segue em valorização, com o indicador Esalq/BM&F subindo 1,55% na semana (R$ 56,90/@ à vista). O indicador de preços do bezerro no MS também subiu (0,28%), para R$ 426,06, levando a relação de troca para 1:2,20. Na semana o dólar caiu novamente (-0,89%), levando a arroba em dólares para US$ 29,28, historicamente um valor bastante alto. O mercado futuro indica novas altas, desde 29 de maio, o indicador está abaixo do contrato com vencimento em junho.