20 de maio de 2008

O boi barato acabou

Os frigoríficos estão trabalhando para seguir lucrando em um novo cenário, onde o "boi barato é coisa do passado". Para isso, atuam em outras cadeias, ampliam seu foco, comprando empresas que antes eram seus clientes. Os produtores também precisarão se adaptar a essa nova realidade, buscando mais eficiência e produtividade, e melhorando a comercialização de seus produtos.
24 de abril de 2008

No mercado atual, o que devemos avaliar?

O mercado do boi gordo passa por uma fase de franca recuperação, com preços em alta em plena safra. Os preços do bezerro batem recordes dia após dia. O mercado interno de carne bovina continua firme, mesmo com os preços mais altos da carne bovina para o consumidor final. No mercado internacional, a forte tendência mundial de aumento de renda per capita, aumento da população e maior percentual da população vivendo nas cidades é reforçada pelos preços recordes do petróleo. Os principais compradores de carne bovina brasileira são exportadores de petróleo (países árabes, Rússia, Argélia, Nigéria e Venezuela).
28 de março de 2008

2008: o ano do mercado interno?

Os preços do boi gordo seguem em alta em todo o Brasil, em período que tradicionalmente era de safra, ou seja, oferta abundante. Os preços de reposição também seguem em alta, há mais de um ano com altas diárias. O único motivo para altas tão significativas é que a oferta está menor que a procura, pelos dois motivos possíveis: baixa oferta e alta demanda. Analisando-se a situação atual é possível que a maior rentabilidade do setor se concentre no mercado interno em detrimento do mercado externo.
21 de fevereiro de 2008

Idas e vindas da rastreabilidade mostram como precisamos evoluir

A suspensão das exportações de carne bovina in natura para a UE continua. O Brasil ainda não conseguiu colocar a questão nos trilhos para uma solução robusta e duradoura. Vale a pena ignorar esse mercado e culpar terceiros por nossos prejuízos? Países como Uruguai e Argentina exportam para UE com exigências muito similares. O que eles fazem de diferente? Suspeito que eles apenas complicam menos as coisas. As idas e vindas da rastreabilidade no Brasil mostram o quanto precisamos evoluir em coordenação entre setores da cadeia produtiva, se quisermos continuar a ser o maior exportador de carne bovina, e lucrar com isso.
24 de janeiro de 2008

O boi, o brinco e a União Européia

Nas últimas semanas, a expectativa tem sido grande em relação ao futuro das exportações de carne bovina para União Européia (UE). O principal mercado importador do Brasil corre o risco de não ter mais carne brasileira, por motivos muito mais brasileiros que europeus. A situação atual é difícil de se entender: o Brasil tem dificuldade de se organizar para fornecer para o mercado que é teoricamente seu melhor mercado. Nesse mesmo momento, não se recebe notícias de que a Argentina ou Uruguai têm problemas para continuar o fornecimento de carne para UE. Se nossos vizinhos não estão tendo grandes problemas (como os nossos), de quem é a culpa dos problemas no Brasil?
3 de dezembro de 2007

Produção de carne e preço do boi gordo no Brasil

Desde o final de outubro, a arroba não pára de subir em todo o Brasil, sendo cotada em 28/11 a R$ 77,60/@, em São Paulo (indicador Esalq/BM&F). A oferta de gado gordo se reduziu muito e o mercado interno mostrou sua força. Nas últimas semanas, em muitos momentos, o alto preço do boi gordo era acompanhado pelo alto preço da carne no atacado e no varejo, mais do que compensando a alta do boi. A diferença entre o preço do boi gordo e da carne no atacado, que é um bom indicativo da margem bruta do frigorífico, mostrava que a relação estava positiva para a indústria, em especial ao operar no mercado interno.
25 de outubro de 2007

Procurando entender as perspectivas da pecuária de corte brasileira

A principal mudança que a pecuária passou nos últimos anos foi o aumento da produção e aumento das exportações. O número de animais abatidos cresceu 52% de 2002 para 2006, com o abate de vacas crescendo 136% e o de bois 24%. A produção cresceu devido a adoção de novas técnicas, como confinamento, integração lavoura-pecuária e otimização da produção a pasto: melhor manejo, nutrição, sanidade e genética. A maior demanda por carne bovina e a ampliação do setor frigorífico requer mais gado gordo, que fortalece a demanda pelo produto do pecuarista e firma o preço do boi.
28 de setembro de 2007

O impacto da bioenergia na produção pecuária: Brasil e EUA

A produção mundial de bioenergia tem gerado preocupações junto a indústria de alimentos e sociedade em geral, frente ao possível aumento de custos de produção e preços dos alimentos ao consumidor final. O aumento dos preços do milho no mundo vai impactar positivamente a pecuária de corte brasileira, que dentre todas as possíveis fornecedoras de proteína animal, é a menos dependente do milho. O mesmo não podemos dizer para a produção de suínos e aves no Brasil e no exterior e a produção de gado de corte em outros países. Essa mudança nos preços agrícolas mundiais e o aumento da demanda mundial por proteína animal são grandes oportunidades para o Brasil aumentar ainda mais sua presença e sucesso no mercado internacional de carne bovina.
27 de agosto de 2007

Uma iniciativa de promoção da carne bovina brasileira

O Brasil vem ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional de carne bovina. Por outro lado, a carne bovina brasileira recebe cada vez mais ataques dentro e fora do país, seja de grupos ligados a produção pecuária em outros países ou grupos anti-produção ou anti-consumo de carne bovina. Nesse cenário, a carne bovina precisa muito de um trabalho de promoção de seus produtos e muitos indivíduos e empresas têm interesse em ajudar, podendo fazê-lo de diversas formas, o BeefPoint e SIC - Serviço de Informação da Carne criaram uma campanha diferente de divulgação da carne bovina. Cada integrante da campanha se torna um divulgador de informações verdadeiras e embasadas cientificamente sobre carne bovina. Acreditamos também que essa iniciativa pode ser um excelente primeiro passo para a criação de um programa nacional de marketing da carne bovina, que em outros países têm trazido mais lucro para todos os elos da cadeia produtiva.
23 de julho de 2007

Ingleses barram gene zebu – o que o Brasil vai fazer?

A entidade que representa os interesses da cadeia da carne no Reino Unido, Eblex, incluiu um novo quesito em seu programa de qualidade, a ausência de gene zebuíno nas carnes que tenham o selo de seu programa de qualidade assegurada (Quality Standard Mark). O objetivo da Eblex é aumentar a competitividade da cadeia da carne inglesa e promover seus produtos. Acredito que esse fato deva ser encarado como um alerta para o Brasil. A concorrência vai acontecer cada vez mais na esfera da qualidade e não apenas do preço, em especial nos mercados mais desenvolvidos e de mais renda, onde a Europa é um excelente exemplo. O que é mais necessário no momento é um trabalho mais integrado de cadeia produtiva e estímulos mais claros e objetivos para que o pecuarista invista desde a cria, e não apenas na fase final de engorda, em moldar seu sistema de produção para a qualidade.
25 de maio de 2007

Pecuária de corte e o avanço da bioenergia

A área plantada de cana no Brasil ainda é pequena, 6 milhões de ha, frente aos mais de 200 milhões de ha de pastagens. Em municípios onde se instalam ou se ampliam usinas de cana, muitos pecuaristas se tornam fornecedores, ou arrendam/vendem suas terras para essa finalidade. Isso tem mexido com os ânimos de muitos, em regiões como o estado de SP. É preciso avaliar os fatos e procurar entender as consequências dessa nova realidade na agropecuária brasileira.
28 de março de 2007

O que esperar do mercado do boi gordo em 2007?

O mercado do boi gordo está numa encruzilhada. De um lado, a reposição está se tornando mais cara e mais escassa em inúmeras regiões brasileiras. O alto preço da reposição em relação ao boi gordo sempre é um fator forte de ajustes positivos nos preços do boi gordo. Por outro lado, a arroba em dólares segue se valorizando, pressionando os exportadores. Apesar disso, as exportações, mesmo com real valorizado, seguem aumentando.