12 de novembro de 2010

A relevante importância de outrora e a (talvez) pequena importância atual da relação de troca bezerros/boi gordo.

Por varias vezes me pego pensando a respeito do por que algumas coisas são como são e/ou funcionam como funcionam. A relação de troca, ou seja, quantos bezerros podemos comprar com a venda de um boi gordo, é uma das coisas da pecuária que sempre chamou minha atenção. Consigo, com minha humilde clareza, entender que ela tem valor muito limitado hoje em dia. Porém, mais intrigante para mim, é tentar entender porque ela foi um dia importante. Minha conclusão disso tudo, na realidade, não tem a ver nem com relação de troca e nem com margem bruta e sim com custo de produção. Essa é a grande informação que o pecuarista precisa ter para entender bem a saúde financeira do seu negócio.
8 de novembro de 2010

JBS: vale a pena um campeão nacional?

Após sucessivos aportes de recursos realizados pelo BNDES, uma abertura de capital e a absorção de várias empresas, incluindo o Frigorífico Bertin, o JBS transformou-se num gigante. É a maior empresa mundial de proteína animal, trabalhando com as carnes de boi, frango e suínos, além de leite. Opera também na Argentina, Estados Unidos, Austrália e Itália. Nesse processo, o suporte do BNDES foi tão grande quanto fundamental: algo como R$ 10 bilhões, entre subscrição de ações, empréstimos e compra de debêntures. Tendo isso em mente, vale perguntar se o País ganhou com a operação, uma vez que os ganhos dos acionistas originais são evidentes.
29 de outubro de 2010

A nova pecuária brasileira

Em 2005 mandei um texto para o BeefPoint (A tar da crise da pecuária), neste texto eu dizia que a pecuária não estava em crise. O que estávamos vivendo naquela época era uma crise de preços e mercado. E coloquei um gráfico que tenho, sistematicamente, atualizado mostrando o enorme aumento no abate de fêmeas no país. Conclui, então, que com aquele cenário, cedo ou tarde, as coisas mudariam. Pois é, mudaram, e o valor da @ anda aos redores dos R$100,00. Com este cenário novo, gostaria de fazer algumas observações, que acredito serem importante para a indústria da pecuária brasileira.
28 de outubro de 2010

Hedge em tempos de alta constante

O movimento natural no mercado do boi gordo é preços em queda no 1º semestre e em alta no 2º semestre, em função dos movimentos de safra (excesso de oferta) e entressafra (falta de oferta). Nos últimos anos, com exceção a 2010, o mercado registrou o preço máximo do ano para o contrato de outubro (pico da entressafra) no mês de junho, ou seja, no último mês da safra.
21 de outubro de 2010

Vai faltar carne bovina!

Vi a indignação de Mário Cândia, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), como o real sentimento de cada pecuarista do Estado de Mato Grosso. Tenha certeza, Mário, esta briga é de todos os pecuaristas. Outra verdade inconveniente é a de que em breve seremos extremamente valorizados, pois vai faltar carne no mundo. Certamente, assim, os governos haverão de olhar o setor da pecuária com maior atenção. Analisando a produção mundial de carne bovina no período de 2001 a 2010, verificamos um forte processo de estagnação na produção. Os números são alarmantes, considerando que a Organização das Nações Unidas (ONU) previu falta de carnes para a população mundial apenas no ano de 2050. Não se trata de coisas do mercado!
18 de outubro de 2010

Inovação: Projeto busca melhoria para Defesa Agropecuária

O Projeto Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária tem por objetivo propor melhorias através do incentivo à inovação tecnológica, da promoção da capacitação e da indução de redes sociais. As ações estão ligadas ao desenvolvimento de projetos de Mestrado Profissional focados em sistemas produtivos e realidades regionais; ao mapeamento de tecnologias e competências que possam ser utilizadas no aprimoramento da defesa agropecuária, ao levantamento de visão e demandas do setor privado e de órgãos do Governo e à indução de parcerias destes setores.
18 de outubro de 2010

Pista tucana no twitter

"Reunião com PV no Rio foi ótima. Nossas agendas convergem. Visão política se aproxima. Brasil democrático e sustentável". O texto acima foi copiado do twitter de Xico Graziano, homem de confiança de José Serra na área ambiental. Graziano escreveu isso na última sexta-feira (15), por volta das 19 horas quando voltava de um encontro no Rio com Alfredo Sirkis em nome do PV. O senador eleito pelo PSDB, Aloísio Nunes, participou do encontro.
5 de outubro de 2010

Carta de despedida aos conselheiros da ABIEC

Leia a carta de Otávio Hermont Cançado, diretor executivo e presidente interino da ABIEC, de despedida da instituição. Ontem, 04/outubro/2010 foi a posse do novo presidente, Antonio Camardelli.
15 de setembro de 2010

A indústria da recuperação judicial e a prisão dos donos do Frigol

A recuperação judicial se tornou uma indústria para acobertar empresários irresponsáveis, quando não criminosos. A justiça deve proteger a sociedade destes tipos de empresários, incriminando-os, do contrário vamos continuar assistindo a "indústria da recuperação judicial" transformando os criminosos donos de frigoríficos em vítimas e nós pecuaristas em bandidos.
1 de setembro de 2010

Protelar a oferta bovina em contraposição aos ataques ao setor

Basta adequar a fertilidade dos solos, deferirem os pastos e protelar a reposição reguladora da oferta para que haja resposta econômica para o ecossistema pastoril. O reflexo disso ocorreu com o mercado estável, esboçando recuperação de preço no fim do segundo quadrimestre, demonstrando que a política de oferta de bois está correta. Se esta tendência de preço continuar no decorrer do tempo, a bovinocultura terá retorno econômico e voltará a investir nos fatores da produção, melhorando a eficiência da criação a pasto, sem a necessidade de aumentar a lotação e, desta forma, proteger o solo, que depois do homem, da água e da mata é o principal constituinte do meio ambiente.
12 de agosto de 2010

O novo Código Florestal

É preciso defender a preservação. O desmatamento zero. A biodiversidade. E isso está garantido no relatório apresentado pela Comissão Especial do Código Florestal. Mas não se pode aceitar que pessoas que não conhecem a realidade da vida no campo, a luta da produção, por mais bem intencionadas que possam ser, estabeleçam, de modo voluntarista, limites que oneram um setor produtivo que já enfrenta dificuldades para continuar a garantir alimento ao povo brasileiro.
30 de julho de 2010

Leis também envelhecem: um outro olhar sobre o Código Florestal Brasileiro

O primeiro Código Florestal Brasileiro foi instituído em 1934. Nos dias de hoje, a situação é completamente diferente. Se o Estado brasileiro assumisse seu papel de provedor - e não apenas o de fiscal - da natureza ecologicamente equilibrada, como anseia seu povo, os produtores rurais seguramente se juntariam aos ambientalistas e à sociedade urbana nessa luta. Ao jogar o custo da preservação florestal sobre o produtor, o Estado brasileiro fomenta um antagonismo desnecessário entre a produção agrícola e a preservação ambiental.