Foram publicadas no Diário Oficial duas medidas provisórias relacionadas à febre aftosa. A primeira destina R$ 25 milhões ao Mato Grosso do Sul. O valor, somado a outros R$ 20 milhões já liberados para o estado, totaliza R$ 45 milhões, dos quais R$ 19,5 milhões serão usados na indenização de produtores sul-matogrossenses que tiveram ou venham a ter animais sacrificados. O restante será repassado ao governo estadual, para investimentos em vigilância sanitária nas áreas de fronteira.
Em audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, reiterou que o governo federal assumirá 100% as indenizações dos animais sacrificados devido à aftosa. Ele conta com o apoio do Congresso para obter os recursos necessários às ações.
Em reunião na Associação Rural do Paraguai, em Pedro Juan Cabellero, nos dias 10 e 11 deste mês, Brasil e Paraguai definirão as ações sanitárias para a faixa de 15 quilômetros da fronteira entre os dois países. "Estamos buscando de todas as formas ouvir os produtores rurais da fronteira e ver que ações podem ser tomadas sem mais prejuízos a eles", disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Ademar Silva Junior.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou ontem que o governo deve liberar mais R$ 25 milhões para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atuar na prevenção e combate à febre aftosa. Os recursos adicionais devem ajudar o Mapa a reforçar os trabalhos de prevenção da doença nas áreas de fronteira.
Uma medida provisória a ser publicada nos próximos dias criará uma zona de alta vigilância contra aftosa na fronteira do Brasil com o Paraguai. "A medida provisória retira desta zona de fronteira a necessidade dos estados de participar com dinheiro na erradicação da febre aftosa", informou o ministro Reinhold Stephanes.
A vigilância na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia será reforçada a partir de hoje com um grupo de técnicos da área de vigilância sanitária de Minas Gerais. A barreira com o país vizinho foi fechada em fevereiro, após o foco de aftosa em Santa Cruz de La Sierra.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) liberou R$ 7 milhões para o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) utilizar até o final de dezembro em ações de combate à febre aftosa.
O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista se manteve inalterado, cotado a R$ 56,08/@. Na BM&F, alta em todos os vencimentos, o primeiro vencimento (abril/07) teve alta de R$ 0,15, fechando a R$ 55,15/@. Outubro/07 fechou a R$ 61,18/@ (+R$ 0,13).
Os secretários de Agricultura que foram ontem à Brasília saíram da reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com a promessa do ministro Reinhold Stephanes em se empenhar na liberação de recursos para garantir a sanidade na fronteira do Brasil com o Paraguai, Argentina e Bolívia.
As verbas para defesa sanitária solicitadas ontem pelos estados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) somam cerca de R$ 70 milhões. "Se o ministério conseguir desbloquear o valor para defesa sanitária aprovado em lei pelo Congresso já será um grande avanço", disse o secretário da pasta mineira, Gilman Viana.
O controle nacional da aftosa será tema de conversa de secretários de Agricultura de 16 estados com o ministro Reinhold Stephanes. O encontro está marcado para amanhã, em Brasília. Sete estados de fronteira vão apresentar as propostas para intensificar o controle da doença na região da fronteira brasileira com Paraguai, Argentina e Bolívia.
Na última semana, a Operação Rio Uruguai apreendeu mais 28 animais sem origem comprovada nas regiões de Missões e fronteira noroeste do Rio Grande do Sul. Agora, já são 50 animais recolhidos em três semanas pela fiscalização.