Assim como no levantamento divulgado em novembro, a soja continua sendo o principal produto entre as culturas quanto ao crescimento de produção. A oleaginosa teve um aumento de 16,24 milhões de toneladas em comparação com o período passado e o milho primeira safra manteve a elevação de 607,4 mil toneladas.
Essa é a primeira vez que o comércio caiu com relação ao ano anterior desde 2008. Os três principais exportadores de carne de aves – Brasil, Estados Unidos e UE – deverão ser afetados, com quedas de 3% a 5%.
A parte contrária ao uso de biocombustível argumenta por uma flexibilidade na lei (RFS), permitindo menos produção de etanol em anos de oferta escassa, enquanto os que são a favor acreditam que o RFS é uma ferramenta essencial para que o país caminhe rumo a uma energia mais limpa, renovável e doméstica.
Os preços recordes das commodities proporcionaram aos produtores de grãos o ganho necessário para continuar com a atividade de compra de terras que levantou menos no ano passado de uma bolha de preços insustentável. Ao mesmo tempo, os pecuaristas precisam pagar preços muito altos pelos grãos.
A FAO informou ainda que o Índice de Preços de Carnes permaneceu estável, somando 174 pontos no mês passado. A queda dos preços nos Estados Unidos foi contrabalançada pela valorização na Europa e no Brasil.
A soja é o destaque entre as culturas quanto ao crescimento de produção, com acréscimo estimado entre 14 milhões e 17 milhões de toneladas em relação à safra anterior. Já o milho primeira-safra apresentou uma elevação entre 217 mil e 1,5 milhão de toneladas.
O número de gado confinado deu suporte à redução total esperada na oferta per capita de carne bovina de cerca de 3% durante a primeira metade de 2013. Como resultado, os preços do gado terminado deverão continuar aumentando nesse ano e em 2013.
A grande previsão de colheitas no Brasil e na Argentina, combinada com menor disponibilidade de energia dos grãos para ração e subprodutos do etanol nos Estados Unidos deverão levar a maiores importações de grãos para alimentação animal para ajudar parcialmente a suprir as necessidades de energia alimentar nos Estados Unidos.
“A produção de ração onde os principais ingredientes são grãos, está em declínio desde 2008”, disse o analista de indústria da Frost & Sullivan, Anjaneya Reddy. “A fraca perspectiva econômica tem prejudicado os planos de expansão da capacidade de produtores de ração e afetado a produção deste tipo de ração”.
Com relação à área, a projeção de crescimento varia entre 50,93 e 52,21 milhões de hectares, resultado que representa uma elevação de 0,2% a 2,7%, ou seja, de 80,1 mil a 1,36 milhão de hectares (ha) frente à área plantada na safra anterior.
Os estoques de milho em 1o setembro foram estimados em 988 milhões de bushels no relatório trimestral do Departamento de Agricultura norte-americano (USDA), abaixo dos 1,113 bilhão de bushels esperados pelo mercado.
Com a redução do segundo giro do confinamento, o produtor tende a deixar o animal no pasto, evitando os altos custos dos grãos. Mas isso fará com que uma maior oferta de animais seja postergada, já que o gado leva mais tempo para ficar pronto para abate na pecuária extensiva.