O consumo de carne bovina no Japão caiu 6% durante o mês de setembro comparado com o mesmo mês de 2005, para 68.870 toneladas. Para os primeiros nove meses do ano, o consumo caiu 3%, para 578.195 toneladas, 27% a menos do que o pico de consumo de 2000 (antes do surgimento de EEB no próprio país e nos Estados Unidos).
Durante a semana, tendo as cotações do Boletim Intercarnes como referência, o traseiro caiu 2,27%, e está cotado a R$ 4,30 na venda casada. No dianteiro, os preços caíram na semana 13,21%, para R$ 2,30, e a PA 5,00%, para R$ 1,90.
O mercado futuro fecha em mais uma semana de queda expressiva. O contrato do boi gordo para dezembro/06 fechou com a maior queda do dia, de R$ 1,57/@. Os contratos de Abril, Julho e Agosto de 2007 foram os únicos com alta.
Notícia do jornal Valor Econômico apresentou a opinião de analistas e lideranças sobre o setor de carnes em 2006, que acreditam em recuperação para 2007. O interesse do governo em melhorar o cenário macroeconômico pode fortalecer o consumo interno.
A demanda no mercado japonês para exportação permanece forte, com alguns exportadores de carne bovina já trabalhando no fornecimento de produtos resfriados do próximo ano, de acordo com analistas do Meat and Livestock Austrália (MLA).
O contrato mais líquido passou a ser o de dezembro, por isso nós também passaremos a analisá-lo. A rolagem dos contratos após a forte baixa das últimas semanas parece ter proporcionado aos vendidos oportunidade de realização de lucros, além de pequena força compradora nesses níveis de preços.
O mercado futuro segue bastante volátil, possivelmente devido a uma incerteza acerca do mercado físico. No último fechamento, todos os vencimentos fecharam em baixa considerável, nos mais curtos acima de R$ 0,50. O mercado físico sinaliza para a estabilização, com o indicador Esalq/BM&F caindo R$ 0,04 no dia, para R$ 55,56/@ a vista.
Os preços no atacado vinham mantendo a estabilidade até a terça-feira, quando o dianteiro caiu R$ 0,10 dos R$ 2,90. Desta forma, o atacado negocia a R$ 4,60 no traseiro, R$ 2,80 no dianteiro (-3,45% na semana) e R$ 2,20 na PA. O feriado de quarta-feira pode ter influenciado o ritmo do mercado, e o volume de negócios corre abaixo do esperado.
O presidente do Instituto Nacional de Carnes (INAC) do Uruguai, Luis Alfredo Fratti, e o diretor de Serviços Pecuários do Ministério da Agricultura do país, Francisco Muzio, foram ao Japão e à Coréia com o objetivo de avançar na abertura desses mercados à carne fresca uruguaia.
O mercado futuro teve novo dia de altas expressivas em todos os vencimentos, na maioria acima de R$ 1,00. O mercado físico mantém a tendência, e fechou com o indicador Esalq/BM&F cotado a R$ 55,60/@ (-R$ 0,18) a vista e R$ 56,33/@ (-R$ 0,21) a prazo e 3 regiões em baixa. No noroeste paulista, o boi está cotado a R$ 56,00/@ a prazo (-R$ 1,00 no dia).
O balanço da Perdigão no terceiro trimestre de 2006 reflete tendência de recuperação em relação ao 2º trimestre do ano. O desempenho foi influenciado principalmente pela performance do mercado interno, que propiciou o crescimento das receitas. O faturamento no período chegou a R$ 1,57 bilhão, um aumento de 13,2% em relação ao trimestre anterior.
Vemos alguma recuperação nos preços conforme analisamos semana passada, sem alterar, porém, a tendência de baixa ainda. Vendedores seguem dominando o mercado e a própria reação atual dos preços deve ser vista como recompras e realização de lucros.