26 de fevereiro de 2009

Crise, Big Mac, mercado interno e exportações

A crise mundial vem se aprofundando nos últimos meses, reduzindo as expectativas para a economia global em 2009. No Brasil, a situação também piorou nos últimos meses.Porém oferta reduzida e as perspectivas de menor produção nos próximos meses devem ajudar a manter os preços do boi gordo em 2009. Continuo com a avaliação de que a pecuária de corte deve ser um dos setores menos afetados pela crise mundial.
15 de janeiro de 2009

Crise, Rússia e as exportações brasileiras em 2009

A globalização tornou a crise mundial e deve afetar todos os países do mundo. Crédito fácil, exportações para os EUA e aumento do preço e demanda das commodities são as principais explicações para o boom dos emergentes nos últimos anos. Todos esses três pontos estão hoje mais fracos. Em 2009, crescer pouco (mas crescer) e estar pronto para se recuperar rápido é uma previsão muito boa. Em 2008, o Brasil exportou valores recordes para a Rússia. No primeiro trimestre de 2009, espera-se muito poucas compras russas. No final do ano passado, não vendíamos para UE, Rússia e Chile, nossos três principais clientes. Além de não exportar (in natura) para EUA e Japão, dois dos maiores compradores de carne do mundo. Como ser o maior exportador, sem acesso a mercado?
28 de novembro de 2008

O mundo mudou. E as perspectivas do mercado?

A crise ainda não está definida, não se sabe sua extensão. Ainda estamos no "olho do furacão", ou tentando ler o rótulo de uma garrafa, estando dentro dela. O que podemos analisar até o momento a respeito de como será o mercado do boi da carne nesse final de ano e em 2009?
30 de outubro de 2008

Mercado mundial da carne bovina – perspectivas para o Brasil

As previsões de médio e longo prazo para o mercado mundial de carne bovina são muito favoráveis para o Brasil e vale a pena analisá-las agora, nesse momento em que a crise no mercado financeiro mundial, começa a ter efeitos na economia real. Os países desenvolvidos devem crescer muito pouco nos próximos anos. O crescimento virá dos países emergentes. A China revisou sua previsão de crescimento em 2008, de 10,1% para 9,0%, um número ainda bastante expressivo.
30 de setembro de 2008

Melhore seu jogo – mais competitividade para pecuária de corte

Participei no início de setembro do Congresso Mundial da Carne, realizado na Cidade do Cabo, África do Sul. Uma das palestras mais esperadas era a de Gary Johnson, diretor mundial para cadeia de suprimentos do Mc Donalds. O tema de sua palestra era "Líderes escutam seus consumidores". Gary fez uma avaliação da situação atual da indústria da carne, seus desafios e como o Mc Donalds está encarando esses desafios e terminou a apresentação dizendo "líderes escutam seus clientes... e respondem".
28 de agosto de 2008

O BigMac e as exportações

A revista inglesa The Economist usa há alguns anos um curioso e divertido índice para medir a paridade do poder de compra do dólar em diversos países, o "índice BigMac". Esse índice é uma maneira muito prática e interessante de acompanharmos o aumento do interesse dos frigoríficos pelo mercado interno brasileiro. Para a cadeia da carne, o índice do BigMac é ainda mais útil, uma vez que seu principal ingrediente é a carne bovina (em custo relativo). Esse ano, o índice mostra que o BigMac está mais caro no Brasil do que na maioria dos países.
23 de julho de 2008

Exportação de gado em pé: causa ou sintoma?

A exportação de gado em pé é uma importante discussão do setor atualmente. O volume de animais exportados cresce ano a ano, chegando a 431,8 mil animais em 2007, e já contando com 181,3 mil animais no acumulado de janeiro a junho desse ano. Frigoríficos, em especial os de mercado interno e dos dois estados que mais exportam, reclamam. O setor coureiro, nessa semana, engrossou o coro. A exportação de gado em pé, mais do que uma causa para a baixa rentabilidade dos frigoríficos, é um sintoma de que muito precisa ser aperfeiçoado na cadeia da carne, para garantir maior rentabilidade. Artigo de Miguel Cavalcanti, sócio-diretor do BeefPoint.
26 de junho de 2008

Abiec sob nova direção

A Abiec, presidida desde abril de 2003 pelo ex-ministro Pratini de Moraes, é chefiada agora pelo economista Roberto Giannetti da Fonseca, que assumiu o cargo agora no início do mês de junho. Roberto é diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIESP. O ex-presidente da Abiec tem perfil mais político, o atual, perfil mais técnico, com larga experiência no mercado internacional. As oportunidades e os desafios do novo presidente da Abiec são grandes. No entanto as margens dos frigoríficos exportadores devem continuar apertadas. Retomar as exportações (com volume considerável) a UE e abrir os mercados dos EUA e Japão são caminhos muito importantes para as empresas associadas a Abiec.
20 de maio de 2008

O boi barato acabou

Os frigoríficos estão trabalhando para seguir lucrando em um novo cenário, onde o "boi barato é coisa do passado". Para isso, atuam em outras cadeias, ampliam seu foco, comprando empresas que antes eram seus clientes. Os produtores também precisarão se adaptar a essa nova realidade, buscando mais eficiência e produtividade, e melhorando a comercialização de seus produtos.
24 de abril de 2008

No mercado atual, o que devemos avaliar?

O mercado do boi gordo passa por uma fase de franca recuperação, com preços em alta em plena safra. Os preços do bezerro batem recordes dia após dia. O mercado interno de carne bovina continua firme, mesmo com os preços mais altos da carne bovina para o consumidor final. No mercado internacional, a forte tendência mundial de aumento de renda per capita, aumento da população e maior percentual da população vivendo nas cidades é reforçada pelos preços recordes do petróleo. Os principais compradores de carne bovina brasileira são exportadores de petróleo (países árabes, Rússia, Argélia, Nigéria e Venezuela).
28 de março de 2008

2008: o ano do mercado interno?

Os preços do boi gordo seguem em alta em todo o Brasil, em período que tradicionalmente era de safra, ou seja, oferta abundante. Os preços de reposição também seguem em alta, há mais de um ano com altas diárias. O único motivo para altas tão significativas é que a oferta está menor que a procura, pelos dois motivos possíveis: baixa oferta e alta demanda. Analisando-se a situação atual é possível que a maior rentabilidade do setor se concentre no mercado interno em detrimento do mercado externo.
21 de fevereiro de 2008

Idas e vindas da rastreabilidade mostram como precisamos evoluir

A suspensão das exportações de carne bovina in natura para a UE continua. O Brasil ainda não conseguiu colocar a questão nos trilhos para uma solução robusta e duradoura. Vale a pena ignorar esse mercado e culpar terceiros por nossos prejuízos? Países como Uruguai e Argentina exportam para UE com exigências muito similares. O que eles fazem de diferente? Suspeito que eles apenas complicam menos as coisas. As idas e vindas da rastreabilidade no Brasil mostram o quanto precisamos evoluir em coordenação entre setores da cadeia produtiva, se quisermos continuar a ser o maior exportador de carne bovina, e lucrar com isso.