27 de julho de 2010

A Síndrome de Walshe

A reação mais violenta às negociações e à possibilidade de uma maior entrada de produtos agrícolas do MERCOSUL e do Brasil na Europa vem, como não poderia deixar de ser, do setor mais atrasado e subsidiado da economia européia, e do país com o pior resultado fiscal: a Irlanda que teve em 2009 um déficit de 14,3% do PIB, quase cinco vezes acima do limite estabelecido pela UE. Antes de gastarem seu precioso tempo em se preocuparem com a cadeia produtiva da carne brasileira, os pecuaristas irlandeses e ingleses deveriam encontrar uma saída para melhorar a sanidade de seu rebanho e contribuir com alguma idéia que elimine os fartos subsídios que lhes são concedidos, pois este dinheiro já está fazendo falta a outros setores da sociedade européia, e que certamente deverá ser realocado na educação e na profissionalização daqueles setores em que a UE poderia se beneficiar e antecipar a sua saída da crise.
23 de julho de 2010

Monitoramento de fornecedores no Bioma Amazônia

A indústria quer se manter na Amazônia como fonte de renda e desenvolvimento para a região. Mas não pode ser mais conivente nem com o desmatamento e nem com a invasão de áreas públicas. Não do ponto de vista legal, não do ponto de vista comercial e nem do ponto de vista ético.
1 de julho de 2010

O agronegócio e o futuro do Brasil e dos agricultores frente às eleições

O processo eleitoral se aproxima com a maioria dos candidatos já definidos e outros também vindo a tomar seus espaços diante das alianças partidárias que vão sendo formadas. E nós, agricultores, pecuaristas e entidades classistas, temos algo a ver com isso?
29 de junho de 2010

Precisamos de mais desmatamento?

Enquanto você lê este artigo o Congresso Nacional avalia, mais uma vez, alterar o Código Florestal Brasileiro. O movimento legislativo de mudança na lei recebe amplo apoio dos produtores rurais, grandes e pequenos. Os verdes entretanto, acusam os deputados de tentarem uma anistia branca a quem desmatou florestas no passado e de tentarem liberar mais desmatamento.
16 de junho de 2010

Carta Aberta de Agradecimentos ao Dr. Inácio Afonso Kroetz

Imbuído de elevado espírito público, conhecimento científico e sintonia com as necessidades da globalização e da internacionalização de empresas exportadoras brasileiras, Vossa Senhoria teve um papel relevante à frente da Secretaria de Defesa Agropecuária, nos últimos 3 anos, formulando e implementando políticas de defesa e inspeção sanitária, representando de maneira eficiente os interesses do Brasil junto aos organismos internacionais, participando ativamente de negociações com autoridades sanitárias de países importadores de nossos produtos agropecuários, especialmente as carnes, onde são grandes as barreiras de toda ordem e ainda mais acentuadas as exigências sanitárias.
9 de junho de 2010

Agronegócio além do voto precisa de atitude

O nosso volume de negócios é responsável por um terço do PIB, quase a metade das exportações, gerando também um terço dos empregos do pais, primeiros exportadores mundiais em vários segmentos, atendendo o enorme mercado interno com preços acessíveis a todos os brasileiros, nossa estabilidade e os nossos direitos de propriedade estão sendo ameaçados por uma legislação florestal e índices de produtividade desconexos da realidade econômica que transformam, com um passe de mágica, as nossas fazendas em 150 milhões de hectares de terras irregulares e susceptíveis de serem desapropriadas. Continuamos calados e sem manifestar-nos. Continuamos esperando resolver o impasse no qual estamos com o IBAMA, INCRA e o Ministério de Desenvolvimento Agrário sem perceber que a força das nossas lideranças depende, não só do voto, mas de nossa participação e da coragem para participar do novo cenário de mudanças da agenda do próximo governo.
8 de junho de 2010

A agricultura e o Código Florestal

Formada por milhares de normas e decretos que modificam e mutilam o Código Florestal Brasileiro, a legislação ambiental e florestal tornou-se um pesadelo para milhões de agricultores. A barafunda de dispositivos afeta desde os assentados pela reforma agrária até os grandes empreendimentos da agricultura e da pecuária, vitais para o abastecimento da população, para as exportações e para a indústria. O objetivo central do novo Código Florestal é deixar o agricultor trabalhar em paz e em harmonia com o meio ambiente. O Brasil precisa muito disso.
25 de maio de 2010

A esquerda não quer a reforma agrária

Nada obsta mais a reforma agrária no Brasil que a manipulação político-partidária que dela se faz. A estratégia criminosa de invasões de terras é a ponta de lança desse processo. Transforma o produtor rural em vilão e o invasor em vítima, numa espantosa inversão de valores. A entidade que tudo patrocina, o Movimento dos Sem-Terra (MST), inexiste juridicamente, o que impede reparações judiciais.
17 de maio de 2010

Brasil não tem um sócio comercial natural

Recentemente, ao anunciar o aumento dos embarques da carne brasileira para mercados como a Rússia, o Irã e o Chile fui "advertido" de que estes seriam mercados de "altos e baixos", e que, "clientes tradicionais" como alguns países europeus e outros ditos desenvolvidos deveriam ser o foco principal das nossas atividades de exportação e das nossas ousadas ações de promoção comercial. Desde 2001 a Abiec, em parceria com a Apex-Brasil, tem realizado workshops e churrascos nos principais mercados consumidores da carne brasileira. Todos os eventos foram bem recebidos pelas autoridades locais, bem como importadores interessados em fazer negócio. Com esse trabalho de marketing saímos de US$ 800 milhões, em 2000, para US$ 5,3 bilhões em 2008. Mesmo com a crise, o Brasil ainda se mantém como o maior exportador de carne do mundo. Agora, o Irã se aproxima e já é o segundo maior importador em um momento no qual a indústria se recupera da crise. Para o setor é uma ótima notícia.
12 de maio de 2010

A bovinocultura a pasto se ressente da diminuição do consumo

Caso a pressão baixista persista, maior será o tempo de ajuste, desfavorecendo a intensificação produtiva e o grau tecnológico a ser adotado em alguns fatores de produção. Do exposto, os gargalos a serem seriamente considerados são, pela ordem: alta tributação, super oferta, câmbio baixo e crescente terminação de animais pelos frigoríficos. Somente se esses quatro fatores condicionantes forem solucionados, a bovinocultura voltará à normalidade. Caso não ocorram mudanças no modelo econômico e no comportamento do governo em relação ao pecuarista, poderá haver ruptura na produção, com riscos ao desabastecimento de carne e desalojamento de grandes contingentes do campo. O momento é para que o pecuarista pense em diversificar os investimentos fora da porteira, sem desistir da pecuária.
27 de abril de 2010

Domínios Ecológicos Brasileiros e o ambiente rural

Os sistemas de produção rural brasileiros estão assentados nos diferentes domínios ecológicos, associados às essências florestais e interagindo com o homem. São os sistemas de produção que irão quantificar a necessidade de florestas no Brasil.
23 de abril de 2010

Homo Vegetarianus

No início da semana, o programa Login da TV Cultura inseriu em sua programação um debate sobre vegetarianismo com a participação da nutricionista Licínia de Campos do SIC (Serviço de Informação da Carne) e George Guimarães, da Sociedade Vegana. Descontando-se a inépcia dos mediadores que não conseguiram organizar um debate civilizado, e o péssimo hábito do Sr. Guimarães de não deixar outras pessoas falarem, foi possível pinçar alguns de seus argumentos que comprovariam a suposta superioridade de sua dieta. Não tenho nada contra quem queira ser vegetariano. Mas contesto veementemente essa suposta superioridade moral que os vegetarianistas de bandeira na mão alegam ter sobre mim, especialmente porque são baseados em argumentos falsos e equivocados.