1 de fevereiro de 2008

Com UE, preço do boi sob pressão de queda

Desde anteontem, quando a UE anunciou a suspensão das importações, o mercado pecuário praticamente travou. As indústrias temem comprar boi num preço elevado pelo valor da carne que vai vender adiante, diz Péricles Salazar, presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos. Segundo ele, mesmo que o Brasil restabeleça o comércio com a União Européia, o volume para o bloco econômico não será igual ao do último ano, da ordem de meio milhão de toneladas. Esse movimento de pressão baixista de preços é normal, na opinião de Sebastião Guedes, presidente do Conselho Nacional da Pecuária de Corte. "É momentâneo, especulativo. Está faltando boi e vai continuar faltando no médio e longo prazos", afirma.
1 de fevereiro de 2008

UE: Governo quer voltar a exportar em 60-90 dias

"É claro que o Brasil tem alguma culpa nisso. Ou por aceitar algumas negociações que não tinha condições de cumprir ou até por não ter cumprido questões que, muitas vezes, poderia ter cumprido", disse o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes "Como temos 2.700 propriedades habilitadas, não temos como selecionar 300", disse. "Toda a cadeia de produção assumiu a responsabilidade de que não deveria mandar as 300", disse. De acordo com o ministro, a visita da missão da UE prevista para maio foi antecipada para 25 de fevereiro. "Recebi hoje (ontem) uma informação de que essa visita pode ser antecipada novamente para 5 ou 10 de fevereiro", acrescentou Stephanes.
1 de fevereiro de 2008

Pratini desconfia de pressão européia sobre a OIE

A especulação de que o relatório sanitário da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) não será favorável ao Brasil, fez o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne (Abiec) Marcus Vinícius Pratini de Moraes, acreditar que os membros da União Européia podem estar pressionando a entidade a não aprovar o retorno de estados brasileiros ao status de livre de febre aftosa com vacinação, que foi perdido em 2005 com os focos em Mato Grosso do Sul e no Paraná.
1 de fevereiro de 2008

União Européia não acredita em falta de carne

Mesmo o Brasil sendo responsável por 65,9% das importações européias de carne, a União Européia (UE) descartou a possibilidade de desabastecimento com a proibição das importações do produto brasileiro.
31 de janeiro de 2008

Embargo não deve afetar negociações bilaterais

A suspensão da importação de carne brasileira pelo bloco europeu não deve afetar a posição do país na Rodada de Doha e uma eventual retomada das negociações do acordo de livre comércio entre Mercosul e o bloco europeu, acredita o Itamaraty.
31 de janeiro de 2008

Suspensão de embarques agrada irlandeses

Os produtores de carne irlandeses estão em festa com o bloqueio da importação de carne brasileira. Eles foram os que mais pressionaram Bruxelas para tomar essa decisão. Para o presidente da Associação de Fazendeiros da Irlanda, Padraig Walshe, o Brasil fracassou no controle à aftosa, "no movimento de gado, na rastreabilidade e na fiscalização nas fronteiras".
31 de janeiro de 2008

Sadia pretende ampliar área de bovinos

Com aumento de preços no mercado externo, ganho de escala, de produtividade e aumento da participação de produtos industrializados no mix de produtos, a Sadia fechou 2007 com bons números. A empresa faturou R$ 9,8 bilhões, com crescimento de 24% em relação ao ano anterior. Hoje apenas 3% do faturamento da Sadia são provenientes da área de bovinos, sendo que 30% da receita desse segmento vêm da Europa. A empresa tem planos de triplicar sua produção de bovinos e destinou R$ 100 milhões ao projeto. Caso a suspensão européia aconteça por prazo mais longo, Tomazoni disse que a carne bovina será facilmente absorvida por outros mercados.
31 de janeiro de 2008

Cade fixa multa de quase R$ 4 milhões ao Minerva

O Minerva foi multado em R$ 3,9 milhões pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) por prática de cartel. Outros três frigoríficos também foram autuados, mas os valores ainda não foram fixados. Segundo o órgão, as empresas realizaram aquisições de animais por meio de deságio no preço pago aos pecuaristas.
31 de janeiro de 2008

Tyson está próxima de concluir compra da Pena Branca

Com a conclusão, que está próxima, da compra da marca Pena Branca, do Moinho Cruzeiro do Sul, a Tyson Foods entrará no mercado brasileiro. Hoje o frigorífico Pena Branca, com unidades em Jaguariúna e Amparo, ambas em São Paulo, tem capacidade de abate de 300 mil frangos por dia e um faturamento de R$ 300 mil por ano.
31 de janeiro de 2008

Kyprianou: impasse deve ser resolvido em breve

O comissário europeu de Saúde e Proteção ao Consumidor, Markos Kyprianou, afirmou hoje que apesar da proibição técnica da importação da carne bovina brasileira pela UE (União Européia), legalmente não há nenhuma proibição sobre o produto. O comissário disse ainda confiar que, "em breve", as empresas brasileiras interessadas darão as garantias necessárias às autoridades européias e serão incluídas em uma lista positiva de operadores com permissão para enviar sua carne ao mercado europeu.
31 de janeiro de 2008

Frigoríficos exportadores irão redirecionar exportações

Os dois maiores processadores de carne bovina do Brasil, JBS e Marfrig, informaram que irão redirecionar a carne antes enviada à UE para outros países e para o mercado local, que está em expansão. As empresas informaram também que irão exportar para a UE a partir de suas unidades no exterior, como na Argentina, Uruguai, Estados Unidos e Austrália.
31 de janeiro de 2008

Pratini afirma que as regras da UE são inviáveis

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) classificou a decisão da União Européia de barrar as importações de carne bovina do Brasil de protecionista, argumentando que as novas regras do bloco europeu inviabilizam a definição das propriedades nacionais aptas a exportar, na medida em que reduzem muito o número de fazendas habilitadas.