17 de outubro de 2008

Sadia reconhece que pode ter 1º prejuízo em 64 anos

Pela primeira vez, em seus 64 anos de história, a Sadia deverá fechar o ano com prejuízo. Segundo Luiz Fernando Furlan, presidente do conselho da Sadia, "de repente, se não der para ganhar porque afundamos R$ 760 milhões [valor que se refere a perdas anunciadas no fim do mês passado em razão de operações financeiras com câmbio], pelo menos poderemos empatar." Isso porque, além de as vendas do último trimestre serem geralmente mais fortes, a Sadia está tentando reverter pelo menos parte do prejuízo.
16 de outubro de 2008

Ministro prevê dólar estável, mas incerteza preocupa

O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, prevê que as intervenções do Banco Central no mercado de câmbio reduzam a variação do dólar que deve se estabilizar entre R$ 1,80 e R$ 2,00. Segundo ele, esse patamar é o adequado para tornar competitivas as exportações brasileiras. Apesar de otimista em relação ao saldo das exportações em 2008, ele admitiu estar preocupado com a incerteza no mercado exportador.
14 de outubro de 2008

Bancos centrais começam a agir e mercado se tranquiliza

A taxa de câmbio teve uma oscilação bastante brusca nesta segunda-feira, com a euforia do mercado diante das medidas já anunciadas por governos europeus para enfrentar a crise dos créditos "subprimes". As iniciativas podem ser desdobradas em: injeção de mais recursos no sistema financeiro; a capitalização de bancos às voltas com grandes perdas, por meio da compras de ações; a garantia dos depósitos bancários, de modo a evitar o pânico e a corrida aos bancos.
9 de outubro de 2008

Alta do dólar pode influenciar alimentos e inflação

O repique do câmbio não contaminou ainda a inflação, mas o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) não descarta um impacto nos próximos meses. Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do instituto, as "evidências históricas" mostram que a alta do dólar se reflete nos índices de preço e afeta, em primeiro lugar, os alimentos.
8 de outubro de 2008

Fazenda teme efeito do câmbio na economia real

A forte desvalorização do real ante o dólar aumentou a preocupação do Ministério da Fazenda com a atividade econômica e a inflação em 2009. "O câmbio alto é o maior risco, pois pressiona a inflação, reduz a renda real e tem impacto no consumo; é o canal clássico de transmissão da crise. O efeito final é o adiamento das decisões de investimento," declarou um membro da equipe do ministro Guido Mantega.
7 de outubro de 2008

Crise ainda não afeta o setor e preços seguem em alta

O boi gordo continua imune à crise que atinge a cotação das commodities agrícolas. Em São Paulo, o preço da arroba valorizou-se 1,5% desde o início de setembro e a carne bovina segue batendo recordes nominais sucessivos. "Esse cenário externo negativo não afetou a economia real, até o momento. Ainda não sentimos queda da demanda, tanto no mercado interno quanto no externo", afirma Sérgio De Zen, pesquisador do Cepea.
6 de outubro de 2008

Alta do dólar deve ter pouco efeito na inflação

A valorização do dólar frente ao real deve ter um impacto reduzido na inflação. Na avaliação de economistas consultados pela Gazeta Mercantil, a alta da moeda norte-americana, que ultrapassou a marca de R$ 2 na última semana, geraria pressões inflacionárias se permanecesse em patamar elevado por um período mais longo de tempo, cenário, por enquanto, descartado pelos analistas.
3 de outubro de 2008

Dólar sobe e é cotado acima de R$ 2,00

O dólar comercial disparou ontem e terminou o dia com valorização de 4,52%, cotado a R$ 2,007 na compra. A moeda norte-americana ultrapassou o patamar psicológico de R$ 2,00 pela primeira vez desde agosto de 2007.
22 de setembro de 2008

Economia: produtor ainda não sentiu efeitos da crise

O momento sólido da economia brasileira minimizou os efeitos da crise norte-americana dos últimos dias no agronegócio. A quebra de uma grande instituição financeira e o socorro governamental a outras duas empresas, que afetaram economias no mundo, não causaram impacto no mercado dos produtos agrícolas e os preços permaneceram estáveis.
19 de setembro de 2008

BC decide fazer leilões para conter disparada do dólar

A crise de confiança que fez secar os empréstimos entre bancos nos Estados Unidos e na Europa nos últimos dias contaminou ontem o mercado de câmbio no Brasil. O dólar disparou e chegou a R$ 1,96, o que levou o Banco Central (BC) a anunciar a retomada dos leilões de venda da moeda americana. A informação reduziu um pouco a tensão e o dólar encerrou o dia valendo R$ 1,93. O primeiro leilão será realizado pelo BC hoje de manhã e pode chegar a US$ 500 milhões.
28 de agosto de 2008

O BigMac e as exportações

A revista inglesa The Economist usa há alguns anos um curioso e divertido índice para medir a paridade do poder de compra do dólar em diversos países, o "índice BigMac". Esse índice é uma maneira muito prática e interessante de acompanharmos o aumento do interesse dos frigoríficos pelo mercado interno brasileiro. Para a cadeia da carne, o índice do BigMac é ainda mais útil, uma vez que seu principal ingrediente é a carne bovina (em custo relativo). Esse ano, o índice mostra que o BigMac está mais caro no Brasil do que na maioria dos países.
1 de agosto de 2008

Escassez do boi gordo agrava problemas da indústria

A queda nas margens da JBS-Friboi de 12,2% para 4,9% entre o primeiro e segundo trimestre no Brasil pode ser o prenúncio da piora da crise que as indústrias vivem desde o final de 2007, quando a escassez de animais ficou mais evidente e os preços do boi mais elevados. Para Miguel da Rocha Cavalcanti, a expectativa é de manutenção ou piora das margens, em virtude dos preços e do câmbio.