12 de fevereiro de 2008

Ministro acredita que negociações com a UE podem demorar

A expectativa do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes é que a negociação sobre o embargo com a União Européia (UE) possa durar mais de quatro meses. "Do jeito que está, com 300 propriedades, não é possível encher um contêiner para exportar. Precisamos de 3 mil a 5 mil propriedades", afirmou, depois de participar de reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
11 de fevereiro de 2008

Brasil avalia brechas para contestar embargo na OMC

A "guerra" contra o embargo europeu à carne brasileira fez com que o governo começasse a preparar o arsenal de argumentos técnicos para uma eventual contestação da medida. Esses mesmos argumentos, baseados em acordos e regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), também poderão servir para forçar um entendimento com o bloco europeu.
8 de fevereiro de 2008

Embargo pode prejudicar vendas para outros países

A decisão da União Européia (UE) de embargar a carne brasileira já está influenciando outros países importadores do produto. Na semana passada a Rússia voltou a expressar sua preocupação com o sistema de rastreamento do gado (Sisbov), principal ponto de divergência entre o Brasil e a UE. De maneira informal, autoridades sanitárias do Chile e do Egito também mostraram seu temor ao governo brasileir
8 de fevereiro de 2008

Frigoríficos trabalham novos destinos para carne

Com o embargo europeu, frigoríficos brasileiros correm para ampliar a entrada em mercados com grande potencial de compra, a exemplo da Rússia, países do Oriente Médio, Egito, Venezuela e Hong Kong. É para esses locais que eles pretendem direcionar a produção que antes ia para os países da União Européia (UE).
8 de fevereiro de 2008

RS: preço da carne não deve cair

Ao contrário do que disse o diretor do frigorífico Mercosul, Mauro Pilz, de que o preço dos cortes especiais da carne caiu 20% após o embargo europeu, o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Carnes Frescas e Congeladas (Sindicarnes), Marcos Lunardeli, garantiu que os preços não deverão cair. Segundo ele, a manutenção dos preços no mercado gaúcho pode ser justificada pela falta de matéria-prima.
7 de fevereiro de 2008

Embargo à carne brasileira valoriza o produto uruguaio

O fechamento imposto pela União Européia (UE) à entrada de carne brasileira a partir de 31 de janeiro pode beneficiar, no curto prazo, fornecedores alternativos, como Uruguai e Argentina. A demanda européia continua crescendo, o bloco produzirá menor volume de carne e precisará durante 2008 continuar importando de outros mercados, de forma que se prevê que os preços continuarão subindo.
7 de fevereiro de 2008

Redução de lista é criticada pela CNA

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, criticou a redução das fazendas na lista que será enviada à União Européia. Ele disse que o governo deveria manter as 2.681 fazendas. "As deficiências são burocráticas, não técnicas. Ou o governo mantém as 2.681 fazendas ou não manda nada", disparou.
7 de fevereiro de 2008

Preços na Europa sobem e diminuem no Brasil

Enquanto o preço da carne na Europa disparou entre 5% e 10% neste mês em relação a janeiro, no Brasil as cotações da arroba caíram 15% nos principais estados produtores. Tudo por causa do embargo ao produto brasileiro que, segundo estimativas, deve persistir entre 60 a 90 dias, provocando um prejuízo de quase US$ 300 milhões.
6 de fevereiro de 2008

Associações dizem que pressão não se sustentará

Segundo os pecuaristas goianos, os frigoríficos estão aproveitando o embargo europeu à carne brasileira para reduzir drasticamente os preços da arroba do boi gordo. Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), Macel Caixeta, a arroba caiu de R$ 75 para algo entre R$ 67 e R$ 68 (redução de 10%), em menos de uma semana.
6 de fevereiro de 2008

Reino Unido pede embargo total à carne brasileira

Produtores britânicos estão pedindo que a Comissão Européia estenda seu embargo parcial às importações de carne bovina brasileira. A Fairness for Farmers in Europe (FFE), uma aliança de organizações rurais do Reino Unido e da Irlanda, disse que nada menos do que o embargo total é a resposta correta às sérias brechas nas leis de bem-estar animal e rastreabilidade encontradas no Brasil.
1 de fevereiro de 2008

UE: lista maior e falta de organização prejudicaram

A falta de organização do governo facilitou o embargo das exportações brasileiras de carne para a União Européia (UE). Até o início da reunião dos representantes do Ministério da Agricultura com as autoridades da UE, na última segunda-feira, a lista das fazendas consideradas auditadas pelo governo ainda não estava definida. Fontes do Ministério da Agricultura dizem que dois fatores levaram à discrepância dos números. Primeiramente, os técnicos da UE teriam subestimado a capacidade da Defesa Sanitária brasileira de auditar as propriedades aptas à exportação. Outro fator, claramente comercial, foi explicado pelo próprio ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em várias entrevistas.
1 de fevereiro de 2008

Com UE, preço do boi sob pressão de queda

Desde anteontem, quando a UE anunciou a suspensão das importações, o mercado pecuário praticamente travou. As indústrias temem comprar boi num preço elevado pelo valor da carne que vai vender adiante, diz Péricles Salazar, presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos. Segundo ele, mesmo que o Brasil restabeleça o comércio com a União Européia, o volume para o bloco econômico não será igual ao do último ano, da ordem de meio milhão de toneladas. Esse movimento de pressão baixista de preços é normal, na opinião de Sebastião Guedes, presidente do Conselho Nacional da Pecuária de Corte. "É momentâneo, especulativo. Está faltando boi e vai continuar faltando no médio e longo prazos", afirma.