1 de fevereiro de 2008

Decisão da UE sobre importações de carne bovina do Brasil

Considerações sobre a decisão da UE em restringir importações de carne bovina do Brasil e suas conseqüências para o futuro das relações comerciais entre UE-Brasil. A decisão da UE de restringir o número de fazendas brasileiras habilitadas para exportação ao bloco europeu para algo em torno de 300 foi recebido com grande festa pelos agricultores irlandeses, todavia eles ainda buscavam uma interdição total. Agricultores da Irlanda e em parte do Reino Unido trabalharam duro nos últimos anos para por fim a concorrência do produto brasileiro. Esta decisão abre caminho para uma nova fase nas relações comerciais entre Brasil e UE bem como nas relações com terceiros países. O governo, sua representação internacional, parlamentares, lideranças do setor e agricultores deveriam levar este assunto em uma profunda reflexão.
1 de fevereiro de 2008

União Européia não acredita em falta de carne

Mesmo o Brasil sendo responsável por 65,9% das importações européias de carne, a União Européia (UE) descartou a possibilidade de desabastecimento com a proibição das importações do produto brasileiro.
31 de janeiro de 2008

MS: entidades criticam embargo europeu

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (FAMASUL), Ademar Silva Junior, a decisão da UE é por restrições comerciais e não sanitárias. "Com a restrição, fica claro que a nova rastreabilidade precisa ser revista. Os países da União Européia não aceitam o novo sistema", criticou Ademar.
31 de janeiro de 2008

Embargo não deve afetar negociações bilaterais

A suspensão da importação de carne brasileira pelo bloco europeu não deve afetar a posição do país na Rodada de Doha e uma eventual retomada das negociações do acordo de livre comércio entre Mercosul e o bloco europeu, acredita o Itamaraty.
31 de janeiro de 2008

Kyprianou: impasse deve ser resolvido em breve

O comissário europeu de Saúde e Proteção ao Consumidor, Markos Kyprianou, afirmou hoje que apesar da proibição técnica da importação da carne bovina brasileira pela UE (União Européia), legalmente não há nenhuma proibição sobre o produto. O comissário disse ainda confiar que, "em breve", as empresas brasileiras interessadas darão as garantias necessárias às autoridades européias e serão incluídas em uma lista positiva de operadores com permissão para enviar sua carne ao mercado europeu.
31 de janeiro de 2008

Pratini afirma que as regras da UE são inviáveis

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) classificou a decisão da União Européia de barrar as importações de carne bovina do Brasil de protecionista, argumentando que as novas regras do bloco europeu inviabilizam a definição das propriedades nacionais aptas a exportar, na medida em que reduzem muito o número de fazendas habilitadas.
28 de janeiro de 2008

Uruguai: Marfrig quer aumentar valor das exportações

O gerente geral do frigorífico uruguaio Tacuarembó/Marfrig Group, Martín Secco, reconheceu a vantagem competitiva do Uruguai no mercado europeu na atual conjuntura, com as restrições impostas à carne brasileira e os limites às exportações impostos internamente na Argentina, mas advertiu que a aposta que a empresa está fazendo é de aumentar o valor agregado de seus produtos, já que não vê um possível aumento de volume de oferta nos próximos dois ou três anos.
25 de janeiro de 2008

Escócia pede embargo total à carne brasileira

O membro do Partido Nacional Escocês, Alyn Smith, que faz parte do comitê agrícola do Parlamento Europeu, aprovou os passos tomados pela União Européia (UE) de restringir o acesso à carne bovina brasileira, mas disse que ainda acredita que deveria haver uma barreira total. Smith e outros membros do Parlamento Europeu pediram embargo total alegando que sérias questões marcam o manejo de animais e controle de doenças do Brasil.
23 de janeiro de 2008

CNA: Uruguai não tem como suprir oferta do Brasil

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, contestou as informações de que a União Européia (UE) começa a buscar carne no Uruguai com o temor da falta do produto brasileiro por restrições sanitárias impostas pelos europeus.
23 de janeiro de 2008

Rússia: carne exportada terá novo modelo de certificado

A partir de agora, toda a carne brasileira vendida para a Rússia deverá conter um certificado de qualidade e uma embalagem com indicações de que o produto cumpre as exigências do país europeu. A cada 15 dias, o Brasil terá que enviar à Rússia certificados em forma eletrônica. A idéia é que o país saiba que carnes foram certificadas antes de os produtos entrarem nos portos russos.
22 de janeiro de 2008

Carne uruguaia deve abastecer o mercado europeu

Frigoríficos europeus e mesmo as autoridades de alguns países, como a Suíça, procuram fechar acordos com os produtores uruguaios, já temendo a falta da carne brasileira, por questões sanitárias. Uma das opções buscadas pelos europeus era a carne argentina. Mas com as restrições existentes no país para impedir o aumento dos preços internos dos alimentos, a solução em 2008 será mesmo a carne uruguaia.
16 de janeiro de 2008

Sem governo não vai dar

Temas como problemas sanitários, rastreabilidade, biotecnologia, têm patrocinado o início dos sistemas de certificação cada vez mais em moda nos dias de hoje e, mais recentemente, a emergência do tema da sustentabilidade, estão tornando o comércio internacional de alimentos e commodities agropecuárias complexo e pautado por procedimentos e padrões negociados de forma bilateral e com frágeis inter-relações com as regras multilaterais do comércio. Essa é uma das razões por que tenho defendido que as negociações da Rodada de Doha, nessa perspectiva, tratam de temas do passado e não tocam naqueles que estão, atualmente, na vanguarda das distorções no comércio. Não nos ajuda o fato de esse intenso movimento de certificações complexas não ser acompanhado por regras multilaterais que disciplinem a sua emergência. Embora as exigências caiam sobre os agentes privados, a confiança nos sistemas depende da chancela dos governos.