Com o rebanho de 29 milhões de cabeças de gado, Mato Grosso deve iniciar em breve a integração das informações sanitárias e de transporte do rebanho à Plataforma de Gestão da Agropecuária (PGA). De acordo com o presidente do Indea, Jurandir Ribas, o sistema operacional eletrônico do órgão já está passando por modificações para poder ser interligado à PGA.
Verificou-se que o recuo das escalas nesta semana, com a suspensão dos abates, não afetou diretamente o mercado do boi gordo, que ainda manteve de maneira firme os preços.
O plano pretende tornar mais rígido o controle e monitoramento dos animais fornecidos às indústrias frigoríficas. Já em frigoríficos, o plano prevê estender àqueles de inspeção municipal e estadual a coleta de materiais com indicativo de tuberculose.
Estima-se, segundo o segmento, que pelo menos 16 mil bovinos deixem de ser abatidos por dia nas unidades frigoríficas do estado. A operação não ocorre porque sem a emissão da Guia de Transporte Animal (GTA) não há como destinar o gado das propriedades até as empresas.
Pelos cálculos do setor produtivo, agricultores mato-grossenses devem deixar de pagarm anualmente entre R$ 150 milhões a R$ 200 milhões em royalties à companhia.
Segundo dados divulgados pelo Instituto de Defesa Agropecuária-MT (Indea), foram abatidos no mês de agosto no Estado 466,4 mil animais, ou seja, 6% inferior ao mês de julho e 2% a menos que no mesmo mês de 2011. O total de bovinos machos abatidos em agosto foi de 266,3 mil animais, volume 3% inferior ao do mês de julho e 8% a menos que no mesmo período do ano passado.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Mato Grosso reforçou a vigilância e monitoramento das propriedades rurais onde a utilização de proteína animal na alimentação dos ruminantes foi identificada. A prática representa um risco para a disseminação de doenças, entre elas, a da 'vaca louca'.
Desta forma, a expectativa é de melhora para os preços do boi magro, uma vez que a arroba do boi gordo retornou ao mesmo patamar de R$ 86,2 que registrava na terceira semana de janeiro deste ano, e o preço da cabeça do boi magro ainda se encontra 4% abaixo do mesmo período de 2011, com os negócios na faixa de R$ 1.050/cabeça.
O projeto faz parte de um protocolo de intenções assinado, em maio, pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Meio Ambiente (MMA) e o Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS) para redução de emissão de gases de efeito estufa por meio de recuperação de pastagens degradadas.
Nos pastos que não sucumbirem ao avanço da agricultura, a ordem será a intensificação do uso do solo para a criação bovina. A expectativa é que aumentem as áreas de confinamentos, semi-confinamentos (em que a engorda é feita com suplementação de ração) e de integração lavoura-pecuária. Assim, o estudo aponta que um crescimento de apenas 2% no rebanho se traduza em um aumento de produção de 42%, para 1,7 milhão de toneladas.
Com o leve esfriamento do mercado do milho em grão em Mato Grosso nas últimas quatro semanas, observou-se uma melhora na relação de troca ao pecuarista, já que ao mesmo tempo o preço do boi gordo encontrou firmeza. A relação de troca, tendo como base o município de Rondonópolis, nesta semana chegou a 4,0 sacas/@, o melhor patamar desde a segunda semana de julho, quando era registrada a relação de 4,2 sacas/@.
O preço da arroba do boi gordo fechou a semana cotada a R$ 83,28, valorizando seu preço em 1,39% em comparação a semana passada quando era cotada a R$ 82,14. Variação positiva também observada na arroba da vaca gorda, com a média de R$ 74,26.