20 de fevereiro de 2008

A comercialização do animal vivo no “agronegócio do boi”

O sistema de produção de bovinos de corte no Brasil é realizado em três fases independentes ou integradas, designadas de cria, recria e terminação para a produção de animais com mais de 450 kg também denominados por "boi gordo". A maior profissionalização dos principais agentes envolvidos na cadeia de corte através das tecnologias como deferimentos de pastagens, adoção de misturas múltiplas, cuidados ao transporte, medidas preventivas para a sanidade podem ser o diferencial na qualidade dos animais comercializados. Porém, a maior parte dos pecuaristas ainda apresenta fragilidades no momento mais importante na conclusão de todos os seus esforços na cadeia produtiva, que é a "comercialização".
20 de fevereiro de 2008

Embargos não desestimularam investimentos

À espera da abertura do mercado para a carne de Mato Grosso do Sul, o pecuarista Wilson Brochmann, da Agropecuária Maragogipe, com quatro fazendas em Mato Grosso do Sul e uma no Rio Grande do Sul, não deixou de investir em suas propriedades e em seu rebanho de 30 mil cabeças, mesmo depois dos embargos devido aos focos de febre aftosa em 2005.
19 de fevereiro de 2008

Credibilidade brasileira foi prejudicada com embargo

Enquanto não resolver o impasse da carne bovina, a União Européia (UE) não pretende avaliar a suinocultura catarinense. Com isso, o setor também perde com o embargo à pecuária, segundo o pecuarista e presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto. "A principal questão hoje é de credibilidade. O Brasil precisa reconstruir sua credibilidade", disse.
6 de fevereiro de 2008

Associações dizem que pressão não se sustentará

Segundo os pecuaristas goianos, os frigoríficos estão aproveitando o embargo europeu à carne brasileira para reduzir drasticamente os preços da arroba do boi gordo. Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), Macel Caixeta, a arroba caiu de R$ 75 para algo entre R$ 67 e R$ 68 (redução de 10%), em menos de uma semana.
1 de fevereiro de 2008

Adubar bem fica caro, mas compensa

Na fazenda Nossa Senhora das Graças, em Caarapó (MS), o pecuarista André Ribeiro Bartocci utiliza o sistema de integração lavoura-pecuária. Como a criação do gado é feita exclusivamente a pasto, ele precisa se programar para a entressafra. "No inverno a proteína das forrageiras cai muito e é preciso manter uma boa média de engorda o ano inteiro."
31 de janeiro de 2008

Pasto de outono é opção na seca

O outono só começa em março, mas os pecuaristas já devem começar a se programar para garantir uma boa alimentação para o rebanho durante o período de seca, entre o outono e o inverno. A escolha do melhor sistema depende do caso. Para quem utiliza o sistema de integração lavoura-pecuária, uma boa opção é o cultivo de pastagem safrinha, ou o pasto de outono.
25 de janeiro de 2008

Vedação: criador está habituado à técnica

O pecuarista Felipe Picciani, do Grupo Agro Bilara, não só adota a técnica de vedar pastagem para os meses de seca, como aproveita a semeadura natural que o capim proporciona e que será aproveitada na estação das águas seguinte. Sua família tem fazendas de gado nelore PO em Rio das Flores (RJ) e Uberaba (MG) e de gado nelore comercial - 11 mil cabeças - em São Félix do Araguaia (MT), todas manejadas com o sistema de pastejo rotacionado. O feno-em-pé é produzido principalmente na fazenda de Mato Grosso.
22 de janeiro de 2008

Volumoso vantajoso

Em tese, a quantidade de volumoso pode ser muito baixa, pois a energia e a proteína exigidas pelo organismo do animal provêm quase totalmente do concentrado. O bagaço de cana hidrolisado, de fácil armazenamento, presta-se bem a essa finalidade. E começa a estar disponível em várias partes do Brasil graças ao crescimento da indústria sucro-alcooleira. A dieta de alto grão propicia altos ganhos de peso, melhor padronização e acabamento de carcaças e terminação mais rápida dos animais. Ademais, dispensa o investimento em maquinário e estruturas exigidas quando se trabalha com silagem, como silos e ensiladeiras. Contudo, dependendo das quantidades empregadas, exige investimentos em outro tipo de estrutura para recebimento, secagem e armazenamento dos grãos.
17 de janeiro de 2008

Reposição: mercado firme, oferta continua reduzida

Neste início de 2008 os preços de todas as categorias de reposição seguem valorizados, como observamos durante todo o ano de 2007. Essa valorização está sendo sustentada pela oferta reduzida de animais em todo o país. Com as cotações dos bezerros cada vez mais altas, a seca prolongada (em algumas regiões as chuvas ainda não firmaram, atrasando a recuperação das pastagens) e aumento nos preços dos grãos e outros insumos, como sal mineral, o mercado segue lento e com poucos negócios efetivados. Apesar dos preços altos do bezerro em todo o país, neste momento a reposição ainda é interessante. Uma maneira simples de notar esse bom momento, pode ser a observação da margem bruta na reposição, que hoje está em R$ 748,08, valor acima da média dos últimos 12 meses que é de R$ 578,66.
11 de janeiro de 2008

Preços pecuários sobem mais que custos em 2007

Os pecuaristas brasileiros ganharam mais que a inflação no ano passado e tendem a continuar com a rentabilidade alta em 2008. Tanto para a produção de leite quanto para a de carne bovina os preços subiram acima dos custos. E, se depender do comportamento do boi neste início de ano, o fato pode se repetir. Para o pesquisador Sérgio de Zen, apesar de os preços terem subido mais que os custos, a alta não foi suficiente para recuperar os prejuízos de três anos com cotações em baixa.
2 de janeiro de 2008

MT: produtor de soja adere a pecuária

O perfil dos produtores brasileiros começa a mudar rapidamente nas principais áreas de produção. Pecuaristas estão descobrindo a produção de grãos, e os produtores de grãos estão adotando a pecuária. Em alguns casos, além da certificação do gado, os produtores chegam ao requinte de certificar a soja, o milho e o algodão que vão ser usados na ração dos animais. E essa certificação é dada pelos próprios organismos europeus.
27 de dezembro de 2007

Leitores do BeefPoint comentam dificuldades do Sisbov

Com o "Novo Sisbov" batendo as portas da pecuária nacional, o prazo estipulado para que o novo sistema entre em vigor é dia 31 de dezembro de 2007, e com as novas restrições da União Européia, muito têm se discutido se o sistema é viável, quais serão o novos rumos da rastreabilidade no Brasil e o que deve ser melhorado para que o sistema funcione. Acreditando que a melhor forma para melhorar o setor seja uma discussão entre todos os elos da cadeia, o BeefPoint contatou usuários do site e formadores de opinião para saber o que eles pensam sobre o assunto.