6 de fevereiro de 2008

Associações dizem que pressão não se sustentará

Segundo os pecuaristas goianos, os frigoríficos estão aproveitando o embargo europeu à carne brasileira para reduzir drasticamente os preços da arroba do boi gordo. Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), Macel Caixeta, a arroba caiu de R$ 75 para algo entre R$ 67 e R$ 68 (redução de 10%), em menos de uma semana.
1 de fevereiro de 2008

Marina da Silva: desmatamento é culpa da pecuária

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que as áreas ocupadas pela pecuária são as responsáveis pelo desmatamento na Amazônia. Ela disse ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que estabelece sérias punições para aqueles que estão desrespeitando a lei e contribuindo para a destruição da área. O presidente Lula disse que não se pode culpar a agropecuária, os produtores de soja e os sem-terra assentados pelo aumento do desmatamento na Amazônia. "Não dá para culpar ninguém", afirmou o presidente.
1 de fevereiro de 2008

Com UE, preço do boi sob pressão de queda

Desde anteontem, quando a UE anunciou a suspensão das importações, o mercado pecuário praticamente travou. As indústrias temem comprar boi num preço elevado pelo valor da carne que vai vender adiante, diz Péricles Salazar, presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos. Segundo ele, mesmo que o Brasil restabeleça o comércio com a União Européia, o volume para o bloco econômico não será igual ao do último ano, da ordem de meio milhão de toneladas. Esse movimento de pressão baixista de preços é normal, na opinião de Sebastião Guedes, presidente do Conselho Nacional da Pecuária de Corte. "É momentâneo, especulativo. Está faltando boi e vai continuar faltando no médio e longo prazos", afirma.
1 de fevereiro de 2008

CNA critica UE por não publicar lista de propriedades

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, avaliou como um "embargo branco" a decisão da Comissão Européia de não publicar a lista de fazendas brasileiras autorizadas a exportar para aquele mercado. Dessa forma, o Brasil está impedido de exportar carne bovina in natura para os países da União Européia (UE) até que o serviço sanitário da Comissão Européia indique o grupo de fazendas que servirá de base para uma nova inspeção a ser realizada no final de fevereiro.
1 de fevereiro de 2008

Pratini desconfia de pressão européia sobre a OIE

A especulação de que o relatório sanitário da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) não será favorável ao Brasil, fez o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne (Abiec) Marcus Vinícius Pratini de Moraes, acreditar que os membros da União Européia podem estar pressionando a entidade a não aprovar o retorno de estados brasileiros ao status de livre de febre aftosa com vacinação, que foi perdido em 2005 com os focos em Mato Grosso do Sul e no Paraná.
31 de janeiro de 2008

Pratini afirma que as regras da UE são inviáveis

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) classificou a decisão da União Européia de barrar as importações de carne bovina do Brasil de protecionista, argumentando que as novas regras do bloco europeu inviabilizam a definição das propriedades nacionais aptas a exportar, na medida em que reduzem muito o número de fazendas habilitadas.
31 de janeiro de 2008

MS: entidades criticam embargo europeu

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (FAMASUL), Ademar Silva Junior, a decisão da UE é por restrições comerciais e não sanitárias. "Com a restrição, fica claro que a nova rastreabilidade precisa ser revista. Os países da União Européia não aceitam o novo sistema", criticou Ademar.
31 de janeiro de 2008

Suspensão de embarques agrada irlandeses

Os produtores de carne irlandeses estão em festa com o bloqueio da importação de carne brasileira. Eles foram os que mais pressionaram Bruxelas para tomar essa decisão. Para o presidente da Associação de Fazendeiros da Irlanda, Padraig Walshe, o Brasil fracassou no controle à aftosa, "no movimento de gado, na rastreabilidade e na fiscalização nas fronteiras".
31 de janeiro de 2008

Sadia pretende ampliar área de bovinos

Com aumento de preços no mercado externo, ganho de escala, de produtividade e aumento da participação de produtos industrializados no mix de produtos, a Sadia fechou 2007 com bons números. A empresa faturou R$ 9,8 bilhões, com crescimento de 24% em relação ao ano anterior. Hoje apenas 3% do faturamento da Sadia são provenientes da área de bovinos, sendo que 30% da receita desse segmento vêm da Europa. A empresa tem planos de triplicar sua produção de bovinos e destinou R$ 100 milhões ao projeto. Caso a suspensão européia aconteça por prazo mais longo, Tomazoni disse que a carne bovina será facilmente absorvida por outros mercados.
31 de janeiro de 2008

Tyson está próxima de concluir compra da Pena Branca

Com a conclusão, que está próxima, da compra da marca Pena Branca, do Moinho Cruzeiro do Sul, a Tyson Foods entrará no mercado brasileiro. Hoje o frigorífico Pena Branca, com unidades em Jaguariúna e Amparo, ambas em São Paulo, tem capacidade de abate de 300 mil frangos por dia e um faturamento de R$ 300 mil por ano.
30 de janeiro de 2008

CNA: desmate só diminuirá com políticas compensatórias

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entende que o desmatamento só será controlado de forma adequada se o governo federal não se preocupar apenas em punir, mas oferecer políticas compensatórias para que os produtores evitem a derrubada de árvores.
29 de janeiro de 2008

CNA quer garantia de que fazendas não auditadas entrarão na lista

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, quer a garantia do Ministério da Agricultura (Mapa) de que as quase 9 mil propriedades rurais cadastradas no Sisbov sejam incluídas na lista das habilitadas a exportar bovinos para a União Européia (UE). Ele encaminhou documento ontem pedindo que, à medida em que terminarem as vistorias nas fazendas, elas sejam aceitas pela UE.