29 de julho de 2010

Será que devemos mesmo responder a Irlanda?

Sugiro que nossas próximas comunicações sobre a carne brasileira não citem a Irlanda. Não citem ninguém. Não se constrói uma liderança, uma reputação respondendo a ataques. Precisamos mostrar ativamente o que temos de bom, de forma transparente e apresentando ano a ano nossa evolução. Podemos criar um programa de apresentação de resultados, boas práticas e casos de sucesso, de forma estruturada que a cada mês teremos uma posição mais fortalecida. Além de aumentar nossa reputação fora do Brasil, ter um programa transparente de apresentação de resultados vai reforçar nossa vontade e energia em fazer bem feito. Vamos comemorar com mais intensidade cada conquista e criar a alavanca para melhorar mais rápido e manter o conquistado.
27 de julho de 2010

Aumentar a proximidade na pecuária de corte vai ser fundamental

No final do workshop BeefPoint sobre mercado do boi, realizado em maio, um dos participantes veio me falar sobre a palestra do JBS-Friboi. O comentário que esse participante me fez foi muito interessante. Ele disse: "Nós (produtores) criticamos, brigamos e nos colocamos contra o Friboi em muitas e muitas situações. Temos eles como nossos inimigos. Na maior parte do tempo estamos contra eles. E é incrível ver tudo isso que eles estão fazendo. Há muita coisa boa. Há muita coisa que eles fazem que precisamos aplaudir. Eles estão trabalhando (e muito) para vender melhor a nossa carne". Essa necessidade de melhorar e ao mesmo tempo mostrar que melhoramos será mais rapidamente alcançada se a troca de informações, se a proximidade e o contato entre produtor e indústria aumentarem. Que esse comentário sirva de reforço de que já existe muita coisa boa sendo feita, precisa ser melhor contada aos envolvidos na produção de carne bovina no Brasil.
25 de maio de 2010

Visão de futuro, oportunidades e dificuldades das associações de pecuaristas

Na sexta-feira, 21 de maio, fiz a palestra de abertura do Workshop BeefPoint Associações de Pecuaristas, que contou com a participação e apoio de diversas associações brasileiras. Foi um evento inédito e que vai entrar para a história como a primeira vez que esse grupo de associações se reuniu e iniciou uma troca de experiências e aprendizados. Surgiu inclusive a ideia de termos reuniões mais frequentes para aprofundar esse aprendizado mútuo. Na minha apresentação, abordei quais são as oportunidades e desafios das associações no Brasil e também qual minha visão de futuro.
23 de abril de 2010

Quem tem medo das vans do JBS?

O JBS Friboi começa a expandir sua estratégia de venda porta a porta, com entrega em casa dos produtos. A principal reclamação é dos pequenos varejistas que se vêem ameaçados com essa nova investida. Precisamos analisar melhor essa questão, suas possíveis motivações e impactos. O JBS está inovando. Traz um conceito e formato que muitos apostam que é inviável. Ganha desafetos por causa disso. Pode errar, mas toda inovação envolve risco. Mas essa situação isolada não se mostra nem um pouco prejudicial ao pecuarista, muito pelo contrário. Essa inovação pode nos ajudar a uma reflexão que precisamos de forma urgente.
24 de fevereiro de 2010

Quais serviços uma associação de pecuaristas pode (deve) oferecer?

Associação de pecuaristas é um dos principais temas a serem discutidos em 2010. O cenário das forças que afetam a pecuária mudou muito rapidamente, aumentando (e muito) a necessidade de organização, aumento de escala, representação setorial e mais eficiência. O objetivo desse artigo é levantar e discutir os serviços que uma associação de pecuaristas pode (ou deve) oferecer a seus associados.
26 de janeiro de 2010

Pecuária inteligente: o desafio 2010

O início do ano é sempre um momento de reflexão, dos erros e acertos do ano que passou e do que podemos esperar pela frente e principalmente o que podemos fazer para tornar esse ano que se inicia melhor. Há uma grande lista de fatores fora do nosso alcance, mas há também bastante coisa que pode ser feita. Conseguir focar na esfera do nosso alcance traz resultados muito melhores. A cadeia da carne passa por uma série de desafios. Neste Editorial fiz uma reflexão dos temas mais relevantes. Convido-o a participar comigo dessa avaliação e também a dar sua opinião ao final do artigo, concordando, complementando ou discordando.
10 de dezembro de 2009

Programa de produção responsável da Abras: uma boa ideia, mas com muitas críticas

A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) lançou nessa segunda-feira, em São Paulo, SP, seu programa de certificação da produção responsável de carne bovina. O programa de certificação busca garantir de forma auditável que a carne bovina vendida nos supermercados brasileiros seja sustentável, ou seja, ambiental e socialmente correta. A iniciativa é muito válida, mas está recebendo muitas críticas. O objetivo desse artigo é resumir o programa, avaliar pontos positivos e negativos e incluir algumas sugestões.
27 de novembro de 2009

Os riscos do gigantismo: como manter o relacionamento e seguir crescendo

Um dos temas mais frequentemente comentado e discutido no nosso setor é o rápido crescimento dos frigoríficos, com destaque para o JBS-Friboi, que cresceu faturamento quase 100 vezes em menos de 15 anos. Pecuaristas em especial, mas também outros elos da cadeia da carne (como distribuidores e até mesmo frigoríficos menores) comentam que uma grande empresa achata a rentabilidade dos outros atores no mercado. Meu objetivo nesse artigo não é avaliar se a atuação dos grandes frigoríficos é benéfica/maléfica para o setor como um todo, mas entender e avaliar as mudanças que esse grande crescimento podem e devem trazer para os outros elos e outros frigoríficos.
28 de outubro de 2009

Associações de pecuaristas: oportunidade, necessidade ou apenas uma boa ideia?

A cadeia da carne vem passando por uma mudança rápida e muito forte, puxada pela consolidação dos frigoríficos e o poder de barganha do pecuarista diminuiu muito. Uma das soluções mais comentadas dos últimos anos é a criação de associações, cooperativas, entidades que reúnam os pecuaristas, facilitando compra, venda, gestão e representatividade setorial. O título do artigo é uma provocação para buscarmos melhorar nosso entendimento sobre o assunto. Porque existem poucas associações de pecuaristas?
30 de setembro de 2009

Efeitos para o pecuarista das recentes fusões e aquisições dos frigoríficos

As notícias desse mês de setembro são surpreendentes para a cadeia da carne brasileira. Depois da fusão Sadia e Perdigão, os dois maiores frigoríficos brasileiros fazem grandes aquisições, fusões e parcerias, se consolidando como as duas maiores empresas brasileiras de carne bovina, além de grande presença em outras carnes e em muitos outros mercados do mundo. O pecuarista irá enfrentar maiores desafios daqui em diante, na comercialização de seus animais. O ponto mais positivo para o pecuarista é que o mercado mundial mostra recuperação para 2010 e o mundo já percebeu que o Brasil será o grande fornecedor de carne bovina.
27 de agosto de 2009

Perspectivas da pecuária de cria no Brasil: mais reflexões

A repercussão do artigo "Preços do bezerro e o futuro da atividade de cria" foi muito boa. Recebi inúmeros comentários que complementaram e melhoraram o texto. Esses pontos me ajudaram a uma reflexão mais aprofundada da pecuária de cria, tema que anda meio esquecido no Brasil. A pecuária de cria é a base da cadeia da carne, e vem ganhando maior importância e atenção com a mudança de ciclo na pecuária e consequentes preços mais altos. Há muito que pode e precisa ser discutido na pecuária de cria: técnicas produtivas, de gerenciamento e tendências do mercado. Acredito que em breve esse tema ganhará mais destaque, inclusive por aqui.
24 de julho de 2009

Preços do bezerro e o futuro da atividade de cria

O preço do bezerro é um dos principais indicadores da pecuária de corte. É uma das moedas da pecuária. Seu valor também embasa a percepção de muitos pecuaristas sobre o preço do boi gordo. É a famosa relação de troca, quando mais alta, melhor para o invernista. Uma grande produção de bezerros de qualidade é a base da atividade pecuária.