16 de abril de 2008

Exportações agrícolas: indústria lucra mais que produtor

Segundo as Nações Unidas, o aumento dos lucros proporcionados pelas exportações agrícolas com a inflação do preço dos alimentos está beneficiando menos os agricultores dos países em desenvolvimento e mais as agroindústrias processadoras de matérias-primas, as tradings e as grandes redes de supermercados.
16 de abril de 2008

Pobres sofrem mais com alta dos alimentos

De acordo com o novo indicador da FGV (Fundação Getulio Vargas), as famílias com renda de 1 a 2,5 salários mínimos acumularam taxa de inflação de 5,99% de abril do ano passado a março deste ano. A inflação para a média da população no período foi de 4,52%. O que mostra que a taxa de inflação da baixa renda foi 32,5% maior. Os alimentos subiram 10,83% nos últimos 12 meses e foram a principal pressão sobre o índice.
14 de abril de 2008

FMI chama atenção para altos preços dos alimentos

"Se os preços da comida continuarem como estão (em alta), as conseqüências serão terríveis em muitos países, não só nos da África", advertiu o novo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn.
9 de abril de 2008

Arroba e carne registram recordes de preço

Com valor de R$ 77,30 à vista, a arroba do boi gordo registrou um novo recorde no Indicador Esalq/BM&F nessa segunda-feira. É o maior preço nominal registrado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, desde o início do levantamento da arroba, em março de 1994. A carne com osso negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo também registrou novo recorde neste início de semana. A carcaça casada foi negociada, em média, a R$ 4,70/kg a prazo, maior valor nominal desde o início da pesquisa deste mercado, em janeiro de 2001.
17 de março de 2008

Embargo já inflacionou preço da carne na UE

A inflação do preço da carne na União Européia (UE) foi de 3,7% desde o embargo às carnes brasileiras, porcentagem maior que a inflação de 3,3%, indicando o impacto negativo da medida no bloco. "Não há dúvida de que o alto preço das matérias-primas nos mercados mundiais, sobretudo petróleo e grãos, é o fator de maior impacto na inflação", disse a porta-voz da Comissão Européia de Assuntos Econômicos e Monetários, Amelia Torres.
15 de fevereiro de 2008

SP: preço da carne continua subindo

A baixa oferta de animais para abate tem ajudado a manter as cotações da carne em alta no mercado da Grande São Paulo, mesmo com a suspensão das compras da carne brasileira por parte da União Européia (para todo o Brasil) e da Rússia (somente para o Mato Grosso).
25 de janeiro de 2008

Do subprime nos Estados Unidos ao agronegócio brasileiro

No outono de 2006 começa um acelerado processo de execução de hipotecas nos EUA que, um ano após, resultaria numa crise de proporções globais. Quando os pagamentos relativos às hipotecas foram se escasseando - como é comum entre clientes subprime -, os investidores começaram a sofrer quedas substanciais no valor de suas carteiras. Ignorava-se, porém, até há pouco, a extensão desse processo que, hoje se sabe, envolveu grandes grupos financeiros, tanto nos EUA como em muitos outros países ao redor do mundo. Evitar a recessão pode dar gás para um processo inflacionário em proporções mundiais. A "escolha de Sofia" é qual dragão atacar: a recessão ou a inflação; não adianta ficar em cima do muro, porque daí o que vai aparecer é a maldição da estag-inflação.
18 de janeiro de 2008

China: controle não mudará tendência de commodities

As medidas temporárias de controle de preços na China não devem mudar a tendência de alta, e o aumento da produção é a chave para domar a inflação, afirmou hoje Zhou Wangjun, vice-diretor do departamento de preço da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma. No ano passado, o país lançou uma série de medidas para encorajar a produção de grãos, suínos, oleaginosas e produtos lácteos. Na quarta-feira, o governo chinês impôs medidas para controlar o preço de importantes commodities, como óleos comestíveis, grãos e produtos derivados, gás liquefeito de petróleo, produtos lácteo, carne e ovos para frear uma forte alta nos preços dos alimentos.
11 de janeiro de 2008

Preços pecuários sobem mais que custos em 2007

Os pecuaristas brasileiros ganharam mais que a inflação no ano passado e tendem a continuar com a rentabilidade alta em 2008. Tanto para a produção de leite quanto para a de carne bovina os preços subiram acima dos custos. E, se depender do comportamento do boi neste início de ano, o fato pode se repetir. Para o pesquisador Sérgio de Zen, apesar de os preços terem subido mais que os custos, a alta não foi suficiente para recuperar os prejuízos de três anos com cotações em baixa.
11 de dezembro de 2007

Inflação do preço da carne deve bater recorde

Só até novembro, o preço da carne bovina no varejo acumula alta de 13,35%, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), feito a pedido da Agência Estado. E para o economista da FGV, André Braz, os preços devem continuar a subir em dezembro. "O ano de 2007 tem tudo para registrar a maior taxa acumulada de variação de preços de carne bovina (no varejo) da década", afirmou.
29 de outubro de 2007

Novo IPA conta com maior participação do agronegócio

A partir de janeiro de 2008, o Índice de Preços por Atacado (IPA), termômetro da inflação do setor produtivo apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) será alterado de forma a acompanhar a mudança do perfil de produção da economia brasileira. O IPA é o indicador que responde pela maior parte (60%) da inflação medida pelo Índice Geral de Preços (IGP). O IGP é o indicador usado pelo mercado financeiro e também para indexar vários tipos de contratos.
20 de setembro de 2007

Inflação nos alimentos – dá para acreditar?

Cunhada em 2007, a expressão "agflation" refere-se ao aumento dos preços das commodities agrícolas observado a partir de 2006 e intensificado em 2007. O argumento central, defendido até por autoridades do governo brasileiro, diz que o aumento da demanda por alimentos e o uso cada vez maior de produtos agrícolas para a produção de biocombustíveis levarão a um aumento consistente nos preços. Assim, esse dois fatores teriam alterado uma regra que era aceita como irreversível: os preços dos produtos agrícolas tendem, historicamente, a apresentar quedas reais, ou seja, a subir menos que a inflação. Ganhos de produtividade na agricultura explicariam a capacidade do setor de continuar se expandindo mesmo que com quedas reais nos seus preços.